Cotidiano

Incêndio em presídio colombiano deixa dez mortos e ao menos 50 feridos

Na manhã de hoje (28), centenas de familiares dos detentos se concentraram em frente ao presídio à espera de informações sobre as vítimas, enquanto feridos com queimaduras foram levados a hospitais da cidade

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/01/2014 às 18:30

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Dez detentos morreram e pelo menos 50 ficaram feridos nessa segunda-feira (28) devido a um incêndio no Presídio Modelo de Barranquilla, capital de Atlântico, departamento (divisão equivalente a estado) no Norte colombiano. Na manhã de hoje (28), centenas de familiares dos detentos se concentraram em frente ao presídio à espera de informações sobre as vítimas, enquanto feridos com queimaduras de segundo e terceiro graus foram levados a hospitais da cidade.

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As causas do incêndio ainda não foram esclarecidas e até o momento as versões são contraditórias. O Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário (Inpec), do governo colombiano, disse que o incêndio ocorreu após um motim. Por outro lado, defensores de direitos humanos denunciam negligência por partes dos agentes em “apartar” uma briga entre detentos no pavilhão B2 que teria gerado o incêndio.

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Em entrevista coletiva, o defensor público Jorge Armando Gómez apontou a superlotação como a causa do incêndio. Segundo ele, o Modelo apresenta superlotação de quase 150%. Com capacidade para 454 detentos, o presídio alojava cerca de 1.200 no começo deste mês.

“Só nesse pavilhão [em que ocorreu o incêndio], mais de 716 pessoas ocupavam um espaço destinado a 196 detentos”, condenou Ramírez.

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O problema afeta o sistema carcerário colombiano como um todo, alcançando 56,2%, de acordo com o Inpec. O órgão responsável pelos presídios já recebeu várias notificações judiciais de instâncias municipais e federais para solucionar a questão, mas o instituto alega que faltam recursos para administrar os presídios e ampliar vagas. Além disso, é preciso mudança na adoção de penas, com o uso de meios alternativos à detenção.

O Ministério da Justiça prometeu no ano passado a abertura de mais de 10 mil vagas em presídios. Entretanto, de acordo com o governo, há atraso na execução dos projetos, devido à dificuldade para conseguir terrenos e até mesmo convencer a população de determinadas comunidades a aceitar a construção de presídios em suas proximidades.

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