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Um incêndio destruiu cerca de 90% da Favela Portelinha da Penha, na Penha, zona leste de São Paulo, na tarde desta segunda-feira, 2. O lugar tinha cerca de 400 barracos. Ao todo, seis pessoas ficaram feridas, entre elas duas crianças. Moradores reclamaram do que eles consideraram demora dos bombeiros em atuar, fato que a corporação nega. Depois que o fogo foi controlado, um princípio de tumulto terminou com a Polícia Militar lançando bombas e disparando balas de borracha.
Segundo os bombeiros, a distribuição da favela - um largo corredor às margens do Córrego Aricanduva - dificultou o acesso ao fogo. "Não houve demora para o atendimento", disse o tenente-coronel Alexandre Augusto de Souza.
O confronto começou enquanto os bombeiros faziam o trabalho de rescaldo. Um grupo que gritava "moradia" lançou pedras e um tênis em uma linha de policiais que impedia a aproximação dos moradores. A resposta foi o lançamento das armas não letais. Depois disso, os ânimos se acalmaram. O fogo teria começado pouco depois das 15h, em um barraco onde duas crianças estariam sozinhas. Nem bombeiros nem Defesa Civil confirmam a versão, que será apurada pela Polícia Civil.
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O Viaduto Engenheiro Alberto Badra ficou interditado enquanto as chamas eram extintas. É o terceiro incêndio na favela, que existe há quatro anos. "Na outra vez, a gente ficou apertado, sem ter para onde ir, então reconstruímos tudo. Vamos fazer isso de novo. Não temos outro lugar para ir", disse o estudante Alan Daniel Peixoto, de 17 anos, morador do local.
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