Cotidiano

Impasse continua e prefeito permanece contra pátio de caminhões em Cubatão; entenda

Recentemente, o prefeito Cesar Nascimento também divulgou carta aberta sobre a questão

Carlos Ratton

Publicado em 31/01/2025 às 11:18

Atualizado em 31/01/2025 às 11:24

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O prefeito Cesar Nascimento também divulgou carta aberta contra a instalação do pátio / Divulgação

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A questão envolvendo o futuro pátio de caminhões na Ilha do Tatu, em Cubatão, foi objeto de inúmeras reportagens do Diário. Numa delas, o então prefeito Ademário de Oliveira disse que iria impedir "até porque é uma área protegida pela Organização das Nações Unidas (Unesco) para a Educação, a Ciência e a Cultura". Ele voltou a se manifestar recentemente nas redes sociais, já fora do cargo.

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Recentemente, o prefeito Cesar Nascimento também divulgou carta aberta sobre a questão. Ele voltou a se manifestar contra em entrevista ao Diário.

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"Reafirmamos que não somos contra a nova poligonal do Porto de Santos, porém a atividade econômica que a APS quer instalar em Cubatão não contribui para o desenvolvimento do nosso município no local escolhido, na Ilha do Tatu, área de preservação ambiental entre a interligação Anchieta-Imigrantes e Estrada Metalúrgico Ricardo Reis. Pelo contrário, causará sérios transtornos a milhares de famílias que vivem nos bairros estritamente residenciais como a Ilha Caraguatá, Jardim Casqueiro, Bolsões, Conjunto Rubens Lara e Parque São Luiz. Pesa ainda o fato do nosso Plano Diretor não permitir tal atividade nessa área", afirmou.

Informação da APS

Em entrevista coletiva sobre os 133 anos do Porto de Santos, que serão comemorados neste domingo (2), o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, anunciou que a Baixada Santista terá três pátios para caminhões, com a possibilidade de um quarto, dentro do projeto de expansão de área, que passará de 7,8 milhões de metros quadrados para uma área total de 20,4 milhões.  

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Associação se manifesta

Também uma reunião aberta realizada ano passado, na sede da Associação de Melhoramentos da Ilha Caraguatá, dezenas moradores, representantes de entidades de bairro de Cubatão e ainda especialistas ambientais se manifestaram contra.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) também tem restrições à proposta, pois prevê devastação ambiental e redução de áreas verdes essenciais para o equilíbrio ecológico da região.

A comunidade e os especialistas apontam que o pátio irá ampliar os alagamentos dos bairros do entorno, especialmente a Ilha Caraguatá, que já enfrentam problemas, pois a substituição da vegetação nativa por estruturas de concreto e asfalto pode agravar os problemas de drenagem, colocando em risco a segurança e o bem-estar dos moradores.

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Também irá impactar a pesca artesanal e o turismo náutico, pois a alteração do ecossistema local pode prejudicar uma atividade econômica tradicional da região, que depende da preservação das áreas naturais e da qualidade das águas.

Enfatizaram aumento significativo do tráfego de caminhões e outros veículos pesados na área, resultando em congestionamentos frequentes e aumento da poluição sonora e do ar.

Associado a isso, garantem que haverá favorecimento ao tráfico de drogas e à prostituição, pois a localização do empreendimento em uma área residencial pode atrair atividades ilícitas, aumentando a insegurança e os riscos sociais para a comunidade local, além da possível desvalorização dos imóveis do entorno, pois a presença de um grande complexo logístico e o aumento dos problemas ambientais e sociais podem afetar economicamente os proprietários e moradores locais.

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