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O segundo no comando do grupo rebelde xiita Houthi, no Iêmen, Mohammed al-Houthi, criticou os bombardeios no país liderados pela Arábia Saudita em entrevista a Associated Press. Ele reforçou a posição de seu grupo e suas forças aliadas, mas insistiu que está pronto para viajar para Genebra e participar de um acordo de paz mediado pela ONU que possa acabar com a guerra civil no país.
Mohammed al-Houthi disse que o presidente exilado, Abed Rabbo Mansour Hadi, acabou com as negociações ao exigir que o grupo rebelde se retirasse do território que conquistaram como condição para as negociações.
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"Eles estão exigindo condições para impedir qualquer negociação que possa levar o povo iemenita a uma solução", disse al-Houthi, acrescentando que a coalizão, liderada pelos sauditas, se recusou a parar com os bombardeios para permitir um acordo de paz.
"Para nós, o diálogo é o principal. Não temos objeções a negociar", disse o líder. "O que acontece hoje é o oposto. A coalizão é quem rejeita uma negociação e trabalha para boicotar isso", comentou.
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Os Houthis começaram a avançar no território iemenita em setembro de 2014, tomando a capital do país, Sanaa, e os prédios do governo. Eles mantiveram políticos e governantes, como o presidente, sob prisão domiciliar. Mais tarde, o presidente conseguiu fugir para a Arábia Saudita a medida que os rebeldes avançavam, apoiados por forças do antigo presidente, Ali Abdullah Saleh.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita iniciou ataques aéreos ao Iêmen no dia 26 de março. Desde então, os bombardeios e lutas armadas já mataram mais de mil civis e deixaram mais de meio milhão de pessoas refugiadas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
As negociações de paz, que ocorreriam em Genebra, foram adiadas e não tem nova data anunciada.
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