Cotidiano
Durante o tempo que aguardava atendimento médico, ele foi assistido pelo segurança do hospital e por populares
O idoso foi encontrado deitado na rampa do pronto socorro do hospital / Sueli Dias Pereira/Leitor DL
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O idoso Jorge Luís Gonzales (Gonçalves), de cerca de 68 anos, ficou deitado na calçada, em frente ao Hospital São Lucas, após sofrer de fortes abdominais e somente foi assistido uma hora e meia depois pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Durante o tempo que aguardava atendimento médico, ele foi assistido pelo segurança do hospital e por cidadãos e cidadãs que presenciaram a cena.
A Reportagem foi acionada e, quando chegou ao local, o idoso já havia sido conduzido ao Pronto Socorro Central de Santos. A imagem dele na calçada foi fornecida pela cidadã Sueli Dias Pereira. Mas ele foi encontrado deitado na rampa do pronto socorro do hospital.
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"Ele estava caído quando cheguei, suando e tossindo muito. Vi que uma auxiliar de enfermagem, que havia acabado de chegar, estava conversando com ele e tentando acalmá-lo. Os funcionários disseram que não poderiam colocá-lo para dentro do hospital. O SAMU foi acionado várias vezes, por várias pessoas. Eu mesmo chamei. A Polícia também foi acionada", explica Sueli.
Paulo Hernandes, o técnico de segurança que também ligou para o SAMU, diz que chegou às 6h50 quando se deparou com a situação. "Ele estava se queixando de dor abdominal e de uma hérnia inguinal. Disse que não conseguia se mover por conta das dores e que não tinha parentes próximos".
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Segundo o a Classificação Internacional de Doenças (CID), hérnia inguinal é quando a pessoa apresenta a protrusão do conteúdo abdominal por uma abertura na parede muscular da região da virilha. Ocorre devido a um enfraquecimento ou defeito, podendo ser congênito ou adquirido.
Vale lembrar que se o atendimento for de emergência, com risco iminente de vida, a exemplo de vítimas de acidentes de trânsito em estado grave, o hospital deve prestar o atendimento, sob pena de cometer o crime de omissão de socorros, previsto no Código Penal. O Hospital foi procurado e não se manifestou até a publicação desta reportagem.