Cotidiano

"Perdi um pai e um líder", diz filho de Campos

João e a família vive um clima de perplexidade, ainda sem entender o que aconteceu. "A família está procurando um ajudar o outro para não perder o chão", disse um primo

Publicado em 14/08/2014 às 14:55

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"Perdi um pai e um líder, mas tem que se dar um jeito para que a bandeira dele não caia porque os ideais dele são o futuro do Brasil". A frase , de João Campos, de 20 anos, filho do ex-governador Eduardo Campos, foi dita ao primo Joaquim Pinheiro, durante visita à família na manhã desta quinta-feira, 14.

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Segundo Pinheiro, João e a família vive um clima de perplexidade, ainda sem entender o que aconteceu. "A família está procurando um ajudar o outro para não perder o chão", disse ele na saída.

O nome de João chegou a ser cogitado como candidato a deputado federal, mas o projeto foi adiado. Além de muito jovem, o próprio João tratou de por num ponto final ao assunto, após um conflito com a prima, a vereadora Marília Arraes (PSB), que passou a apoiar a reeleição de Dilma e do candidato adversário ao governo, Armando Monteiro Neto (PTB), depois de não conseguir o apoio de Eduardo Campos para seu projeto de se eleger deputada estadual.

João Campos, filho de Eduardo Campos, afirmou que perdeu um pai e um líder (Foto: Clelio Tomaz/Estadão)

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Marília reclamou do estilo centralizador de Campos, o que incluía a Juventude Socialista que, segundo ela, pela vontade de Campos, teria o filho João como coordenador. Diante do conflito, o próprio João divulgou uma nota dizendo precisar se preparar para fazer jus à herança política deixada pelo avô Miguel Arraes e pelo pai. "Agora é momento de terminar os estudos", encerrou ele. Ele cursa Engenharia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Mais cedo, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) esteve com a família e informou que Renata Campos, viúva do ex-governador, agradeceu as mensagens de solidariedade.

O velório de Campos ocorrerá no Palácio Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Não se sabe ainda quando será, pois depende da liberação dos restos mortais do ex-governador pelo Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo. 

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