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O aumento de 10,1% na produção de veículos em setembro ante agosto ajudou o resultado da indústria em pelo menos cinco regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "A indústria de veículos continua com estoques, mas a maioria dos locais que tiveram aumento de produção registrou resultado positivo em setembro", disse o técnico Fernando Abritta, da Coordenação de Indústria do instituto.
Em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás, a fabricação de veículos subiu de maneira intensa em setembro ante agosto, o que ajudou os resultados dessas regiões. A indústria catarinense como um todo teve alta de 2,9% no período, enquanto a produção gaúcha avançou 3,5%. Em Goiás, o aumento foi de 1,2% no total da indústria. Na série com ajuste sazonal, que permite visualizar o desempenho do mês em relação ao mês imediatamente anterior, o IBGE não divulga dados regionais por atividade.
A Bahia obteve um crescimento mais tímido na atividade industrial, de 0,3%. Segundo o instituto, a produção de veículos "cresceu um pouco" em setembro ante agosto nesta região. Em São Paulo, os veículos também foram uma influência positiva, mas insuficientes para estancar as perdas. A indústria paulista registrou queda de 0,7% no período, influenciada pelo setor alimentício.
No Rio de Janeiro, a produção de veículos seguiu tendência contrária e trouxe um impacto negativo à indústria, que recuou 5 6% em setembro ante agosto - o pior resultado entre as 14 regiões pesquisadas. Além deste setor, fabricantes de metalurgia produtos químicos, refino de petróleo e produção de biocombustíveis e a indústria extrativa também relataram perdas no período.
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Apesar da alta em veículos no mês de setembro, o setor acumula perda de 18,1% nos nove meses de 2014. Também seguem essa tendência outros bens duráveis e os bens de capital. "Os locais muito relacionados à produção de bens de capital, principalmente caminhões e outros meios de transporte, e a bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos de linha branca, motos e móveis, têm tido comportamento negativo ao longo deste ano", destacou Abritta. "Com a indústria de veículos recuando, outros setores são afetados, como metalurgia, borracha e plástico, autopeças. Os Estados que têm esses setores acabam sofrendo mais", acrescentou o técnico do IBGE.
Abritta lembrou que os juros mais elevados, a inflação em alta e o menor crescimento do crédito têm afetado o desempenho dos bens duráveis, principalmente automóveis, motos e eletrodomésticos. Além disso, a perda de ritmo da construção civil e a menor confiança dos empresários também contribuem para reduzir os investimentos e, consequentemente, puxar para baixo a indústria de bens de capital.
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