Cotidiano

Hungria propõe ajudar vizinhos da Síria para conter fluxo de imigrantes

A Alemanha e a Áustria têm ressaltado o direito de asilo para refugiados de guerra. Já a Hungria, em particular, argumenta que a maioria das pessoas que estão chegando são imigrantes econômicos

Publicado em 12/09/2015 às 13:50

Compartilhe:

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, propôs que a União Europeia reforce a ajuda às nações vizinhas da Síria para conter o fluxo de imigrantes que têm chegado à Europa. A União Europeia composta por 28 países, está dividida sobre como lidar com o fluxo de entrada de imigrantes. A Alemanha e a Áustria têm ressaltado o direito de asilo para refugiados de guerra. Já a Hungria, em particular, argumenta que a maioria das pessoas que estão chegando são imigrantes econômicos.

A Hungria e outras nações do Leste rejeitam a proposta de espalhar por cotas os imigrantes pela UE. Além disso, o país do primeiro-ministro Viktor Orban planeja começar a reforçar a segurança de fronteira na divisa com a Sérvia na terça-feira. Perguntado em uma entrevista ao diário alemão Bild para onde os futuros imigrantes devem ir, Orban respondeu: "para o local de onde vieram".

Ele argumentou que as pessoas que vão para a Europa a partir de campos no Líbano, Jordânia e Turquia "estavam a salvo lá". O dirigente acrescentou que "não há direito fundamental a uma vida melhor, apenas um direito à segurança e à dignidade humana".

Orban sugeriu que cada país da UE pague 1% adicional para o orçamento da UE ao mesmo tempo em que reduzem outros gastos. De acordo com a estimativa do dirigente, isso geraria 3 bilhões de euros (US$ 3,4 bilhões) para a ajuda, o que poderia ser aumentado "até que o fluxo de refugiados seja amenizado".

Aydan Ozoguz, um alto funcionário do governo alemão responsável por questões de imigrantes, disse que "o ritmo em que as pessoas estão fugindo da região é de tirar o fôlego".

Mas Aydan Ozoguz afirmou que os comentários de Orban foram "extremamente cínicos, de que eles estão seguros lá". "Todo mundo que tem acompanhado o tema sabe que as rações alimentares foram reduzidas pela metade. Não se pode falar de segurança".

O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, disse neste sábado que "a Alemanha se vê em uma situação na qual está chegando a limites", de acordo com a agência de notícias DPA. Gabriel afirmou que é importante ajudar a região em torno da Síria e falar com a Turquia, de onde os migrantes partiram em barcos para a Grécia, sobre como diminuir o fluxo.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está encorajando que as mulheres refugiadas aprendam a língua local e façam novos contatos. Merkel ressaltou na sua mensagem de vídeo semanal que as mulheres que chegam na Europa "muitas vezes vivenciam coisas terríveis e também ficam traumatizadas".

Ela disse que, além de tentativas de lidar com o tema, "eu só posso aconselhar as mulheres a aprenderem o idioma". De acordo com a dirigente, elas deveriam considerar aprender com seus filhos, que podem falar melhor alemão como resultado de ir à escola. "Elas não devem se assustar com isso", acrescentou.

Merkel disse que ela também aconselha as mulheres a "simplesmente buscarem contatos, para não se isolarem e apenas viverem e trabalharem na comunidade que conhecem, mas tentem sair também". 

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Diário Mais

Evento da Disney, D23 Brasil, divulga mapa do evento; confira detalhes

Primeira edição do popular evento da Disney acontecerá pela primeira vez no Brasil em novembro deste ano

Diário Mais

Litoral de SP tem praia com rio de água doce e perfeita para relaxar; conheça

Espaço é também considerado um dos melhores lugares para se desligar da agitação da cidade

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter