PORTO
Novo "ecossistema de negócios" reúne agentes de carga, despachantes aduaneiros, transportadoras, importadoras e exportadoras
Além da Finance DTW, o grupo também administra imóveis para locação e gere empresas do ramo hoteleiro / Nair Bueno/Diário do Litoral
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O grupo empresarial santista DTW inaugura nesta quinta-feira (21) o primeiro hub de negócios, investimentos e business club para o setor portuário. A solenidade de inauguração começa às 17h30, e o hub fica na Avenida Senador Feijó, 14, no Centro Histórico de Santos.
A proposta do vice-presidente do Grupo DTW, José Thomaz, é fomentar “um ecossistema de negócios” que reúna diversos segmentos ligados ao Porto. De imediato, a financeira do grupo deve viabilizar R$ 90 milhões para investimentos em empresas Comextech ou Logtech. O crédito também estará disponível para transportadoras, despachantes aduaneiros, agentes de carga, importadores e exportadores.
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E empresas que adotaram práticas ESG (ambiental, social e de governança) terão prioridade na concessão das linhas de crédito. Em 12 meses, o capital disponível chegará a R$ 300 milhões.
“É fundo de R$ 50 milhões para financiamento de importação e exportação. Esse fundo vai ‘rodar’ de seis a nove meses. Nesse período, vamos calibrando os pontos, calibrando as estatísticas”, revela Thomaz, que construiu sua carreira no mercado financeiro na Avenida Faria Lima, em São Paulo.
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Mas, o aporte imediato terá uma fatia ainda maior, em parceria com Bossa Invest que acumula um portfólio com mais 1.500 start ups investidas e quatro mil co-investidores.
“O fundo com a Bossa é de R$ 40 milhões e também será anunciado agora”, completa o vice-presidente da DTW, que já fundou um banco, foi sócio de empresa de fundos de investimento de risco (venture capital) e de uma gestora de ativos, além de ter sido executivo de empresas multinacionais do ramo da tecnologia.
“Mas em 12 meses, a gente já tem assinado um aumento de capital para R$ 300 milhões”, completa o vice-presidente do DTW.
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Além da Finance DTW, o grupo também administra imóveis para locação e gere empresas do ramo hoteleiro em Santos. E prepara um investimento de R$ 2,5 bilhões na construção civil, no Guarujá. A expectativa é que a primeira estaca seja cravada em 2026, no bairro da Enseada.
“Hoje, sou visto como alguém que foi para São Paulo, como um outsider, alguém que fez carreira fora, apesar de o grupo ter mais de 40 anos aqui na região, e de ter sido construído a duras penas pelo meu avô e pela minha avó. Eles começaram do zero. Então, tenho muito orgulho dessa origem humilde”, explica Thomaz, que resolveu voltar a Santos em busca de qualidade de vida após o nascimento do primeiro filho.
A avó, de 84 anos, segue “à frente das decisões”, como presidente do Conselho Diretivo da DTW.
“GAPS”.
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Mas, independe da relação com Santos, o executivo com experiência no mercado financeiro da Faria Lima enxerga “gaps” em setores da Economia da Cidade que podem render bons negócios.
“Santos é o maior porto da América do Sul. É uma cidade com muito capital intelectual, e eu percebo que, em alguns pontos, a Cidade se manteve no conservadorismo, numa tradição, no (velho) modelo de negócio. É uma ilha em que negócios são feitos muito dentro de si”, observa o vice-presidente do Grupo DTW.
“Não à toa você tem novos entrantes na construção civil, no mercado imobiliário. E você vê que players que ousaram fazer diferente estão tendo êxito importante na região. Então, eu vi (o retorno para Santos) não só como conforto familiar, mas como uma janela de oportunidades”, conclui Thomaz.
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