Cotidiano
A novidade quebra a especulação de que a passarela do samba teria que ser inutilizada por conta da necessidade de silêncio no entorno do complexo hospitalar
Equipamento será erguido na esquina da Rua César Augusto / Francisco Arrais/PMS
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Em virtude da proximidade com a Passarela do Samba "Dráuzio da Cruz", também conhecida como Sambódromo ou Estradão, o futuro Hospital Pediátrico da Zona Noroeste, no bairro da Areia Branca, em Santos, contará com vidros duplos com isolamento acústico. O equipamento será erguido na esquina da Rua César Augusto de Castro Rios com a Rua Afonso Schimidt.
A pedra fundamental foi lançada em junho de 2024 e a obra será executada em 18 meses a partir do seu início. O prazo anterior informado ano passado era que a inauguração estava prevista para final de julho deste ano.
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A novidade em torno do equipamento quebra a especulação de que a passarela do samba teria que ser inutilizada por conta da necessidade de silêncio no entorno do complexo hospitalar, que contará com 30 leitos, uma unidade de ensino fundamental e instalações esportivas.
O empreendimento é fruto de uma parceria entre a Prefeitura e empresas do setor portuário, viabilizado por meio de permutas de áreas industriais na região da Alemoa.
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Através de um modelo inovador de permuta de terrenos para financiar a construção, o terreno na Via A, atualmente inutilizado e localizado na Alemoa, será cedido pela Prefeitura às empresas Ultracargo Logística S.A., Granel Química Ltda., e Vopak Brasil S.A., que, em troca, construirão o hospital e a escola. O investimento está calculado em quase R$ 86 milhões.
O hospital terá seis pavimentos mais o térreo, além de áreas técnicas e de acesso. As instalações vão incluir pronto-socorro e emergência, centro cirúrgico com duas salas, farmácia e laboratório de exames, lactário e copa, área administrativa e auditório. Serão 10 leitos de UTI e 20 leitos de enfermaria.
A unidade de educação infantil terá 14 salas de aula (para berçário, maternal, jardim e pré), distribuídas em um prédio com térreo e mais um pavimento. O equipamento contará com brinquedoteca, refeitório, secretaria e área administrativa, sala de professores, pátio coberto, quadra esportiva coberta e campinho de futebol.
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A construção dos equipamentos foi permitida porque a Câmara de Vereadores aprovou a desafetação (desvinculação do Município) e posterior permuta (troca) dos sete imóveis pelo da Areia Branca. Ficou acordado que caso a Prefeitura de Santos avalie que as benfeitorias não chegaram ao valor da diferença, os empresários do porto terão que depositá-la em dinheiro no Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano (Fundurb).
Conforme divulgado ano passado pelo Diário, os imóveis que a Prefeitura cederá na troca são os seguintes: Rua dos Italianos, de 3.120 metros quadrados (R$ 1.883.000,00); Rua José Reis Portela, também de 3.120 metros quadrados (R$ 1.890.000,00); Rua Eustáquio Alves de Souza, ainda de 3.120 metros quadrados (1.890.000,00).
Também duas faixas de terra em trecho da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, sendo uma de 21.265 metros quadrados (R$ 44.994.110,85) e outra de 970 metros X 13 metros (R$ 25.485.211,86); além de dois na Rua Francisco Emílio de Sá - um 910 metros quadrados (1.890.000,00) e outro medindo 1.300 metros quadrados, pelo valor de R$ 2.700.000,00. Todos somam pouco mais de R$ 80,7 milhões.
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Somados valor do imóvel (R$ 35.970.000,00) mais as construções (49.900.000,00), o total estaria em R$ 85.870.000,00, superando quase em seis milhões o valor dos sete imóveis.