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O bispo relembrou a trajetória de sofrimento da santa como vítima de tráfico humano na África, mas também a superação pela fé. “Por tudo o que passou, ela foi surpreendente e abraçou a chance de renovação com fé, coragem e alegria”.
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A popularidade da santa entre a população é observada pelo pároco Paul em seu dia a dia. “As pessoas conversam com ela, como se fosse uma amiga e a sentem bem próxima”, disse ele, que a vê como alguém com quem se pode sempre contar.
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Para a aposentada Maria Regina Peixoto da Silva, de 63 anos, o dia da santa é para agradecer um pedido atendido. “Entre tantos concorrentes jovens consegui um emprego de secretária. Sempre rezo para ela”, disse Maria, que admira o exemplo de humildade deixado por Bakhita.
Aide Viviane, 73, também carregou toda a família para a igreja. Segundo sua neta, Natalia, 22, a avó sempre conta um pouco da história de Bakhita e isso a tornou devota. “Ela sempre está iluminando nossas vidas”.
Após a missa, os fiéis seguiram em procissão pelas ruas do bairro, encerrando a programação especial iniciada em 30 de janeiro, com missas e novena.
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História
O milagre de Bakhita em Santos aconteceu na década de 90 no Salão Paroquial da Catedral. Ali, Eva, uma das idosas assistidas pela igreja na época, que era diabética e sofria de uma ferida na perna, pegou o ‘santinho’ com a imagem de Bakhita e o esfregou na perna machucada. Para sua surpresa, a perna estava curada na manhã seguinte. O caso foi avaliado e notificado ao Vaticano.
Bakhita nasceu no Sudão, na África, em 1869, foi raptada e vendida diversas vezes como escrava. Sua vida mudou quando finalmente foi comprada por um cônsul italiano que a entregou à família de um amigo em Veneza, da qual se tornou a babá e ama.
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Quando mais tarde a família precisou deixar o país, encaminhou Bakhita para a congregação de Santa Madalena de Canossa, em Veneza. Dali em diante, ela se dedicou à vida religiosa e ficou conhecida pela sua generosidade, humildade e bondade.
Fotos: Isabela Carrari
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