Cotidiano

Usina histórica do litoral de SP virou vaga-lume e represa, caixa d´água e piscina

Desde 1992 a Henry Borden está ociosa em aproximadamente 97% de sua capacidade instalada produzindo só 19 megawatts por segundo

Nilson Regalado

Publicado em 13/04/2025 às 07:20

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Em apenas cinco minutos a Henry Borden despeja toda sua potência no sistema integrado administrado pelo ONS / Renan Lousada/DL

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Como dizia Billy Blanco, o tempo correu como o paulista, “sempre ligeiro, como quem sabe o que quer”. E as necessidades mudaram. Hoje a prioridade da Represa Billings é abastecer as torneiras da Grande São Paulo. O reservatório também virou sinônimo de lazer para milhões de moradores da Capital e de cidades do Grande ABC. 

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Vale lembrar, que um dos principais vetores do desenvolvimento econômico da Região Metropolitana da Baixada Santista está prestes a completar 100 anos. Responsável pelo fornecimento da energia elétrica que permitiu a construção do maior Polo Petroquímico do Brasil, em Cubatão, a Usina Henry Borden começou a ganhar forma em 1925

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Mas, voltando à Represa Billings, o local já abriga até uma usina fotovoltaica com 10.500 placas para geração de energia elétrica a partir dos raios do sol. A exemplo da Henry Borden, essa usina solar também é gerida pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE).

Assim, desde 1992 a Henry Borden está ociosa em aproximadamente 97% de sua capacidade instalada produzindo só 19 megawatts por segundo. E segue apenas na retaguarda do Sistema Interligado Nacional, que gerencia a distribuição de energia em todo o País.

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E os seis operadores de plantão em cada turno na Usina de Cubatão passam os dias esperando um chamado do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para despejar toda a potência de suas turbinas nas linhas de transmissão que interligam o Brasil.

E esse chamado normalmente só acontece durante apagões em outras usinas ou algum problema nos chamados linhões de transmissão. 

Nesses episódios, em apenas cinco minutos a Henry Borden despeja toda sua potência no sistema integrado administrado pelo ONS. A partir daí, o Operador Nacional decide para onde enviar a energia gerada na usina de Cubatão.

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“Hoje, a Henry Borden funciona como o back up do sistema”, salienta o coordenador de Operações da EMAE, o engenheiro elétrico Emerson Leube Silva.

Mas, a usina também pode ser acionada em momentos de consumo elevado, como os dias de calor intenso. Nessas ocasiões, a demanda por energia dispara por conta da maior utilização dos aparelhos de ar condicionado residencial.

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