Cidade tem uma intensa relação com o mar / Pexels
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São Vicente, a primeira cidade do Brasil, tem muita história para contar. Com 492 anos, o município já foi palco de eventos que hoje parecem distantes da realidade — e de outros que, a cada dia, se tornam mais presentes.
O Diário do Litoral relembra o fenômeno natural que quase destruiu a primeira cidade do Brasil. Além disso, mostra como o avanço do mar pode representar o fim de partes inesquecíveis do território vicentino.
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O acontecimento foi completamente narrado por Frei Gaspar da Madre de Deus em sua obra “Memórias para a História da Capitania de São Vicente”. Nos escritos, ele explica que a duração dos edifícios foi breve porque o mar levou todas as construções do local.
Os historiadores que estudaram o tema explicam que o registro histórico não revelou a presença de vítimas ou o ano exato do desastre natural. No entanto, a data mais aceita pelos especialistas é o ano de 1541.
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Por medo, parte da população local decidiu reconstruir suas residências mais longe da praia. Por conta disso, os responsáveis pela manutenção da vila convidaram moradores de outros lugares para ocupar o território. Esse é o caso das pessoas do Campo de Piratininga, que ajudaram posteriormente na defesa contra ataques indígenas.
Além disso, também nos escritos, existe a informação que dois anos após a destruição, a Câmara de Vereadores de São Vicente financiou o resgate dos itens. Com o pagamento de 620 réis, sinos e outros objetos da Igreja Matriz e do Pelourinho foram recuperados.
Apesar de não ter tantos relatos do fenômeno natural além da obra de Frei Gaspar, oceanógrafos do litoral paulista explicam o fato.
De acordo com eles, a solução por trás do mistério é um deslocamento de camada de sedimentos, que aconteceu devido a um tremor no fundo do oceano.
Isso fez com que o mar recuasse e voltasse para a costa com um tamanho elevado e uma força anormal.
Todo morador do litoral de São Paulo tem em mente o medo que a região seja tomada pelo mar. No caso do histórico município de São Vicente, esse risco tem uma exemplo bem visível.
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A famosa Praia do Gonzaguinha tem sofrido com o avanço do mar e a redução de sua faixa de areia desde a fundação da cidade, ocorrida em 1532.
De acordo com moradores mais antigos, na década de 1950, era possível armar uma rede de tênis e praticar o esporte sem maiores dificuldades.
Não é segredo que a região litorânea de São Paulo enfrenta o avanço do mar e o desaparecimento da faixa de areia
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