Nas próximas décadas, o hidrogênio será fundamental na redução das emissões de gases do efeito estufa / Divulgação/Petrobras
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Nas próximas décadas, o hidrogênio será fundamental na redução das emissões de gases do efeito estufa, os principais causadores do aquecimento global e das mudanças climáticas. E o H2 desperta o interesse especialmente de setores como a indústria pesada, a aviação e a navegação intercontinental, em substituição aos derivados de petróleo.
As discussões acerca da troca do óleo diesel dos navios para alternativas mais sustentáveis vêm ocorrendo no âmbito da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês). Esse órgão é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que regulamenta o transporte marítimo.
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E a IMO já estabeleceu metas para essa descarbonização no mar. A primeira é reduzir as emissões de gases causadores do aquecimento global em 70% a 80% até 2040 e zerar o lançamento desses poluentes até 2050.
O setor despeja na atmosfera 3% dos gases responsáveis pelas tragédias climáticas, mas é considerado um dos mais atrasados e mais desafiadores no processo de transição energética.
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Um imposto vem sendo discutido desde 2018, e ganhou força em junho de 2023, durante a Cúpula de Paris para um Novo Pacto de Financiamento Global, que contou com a participação de líderes mundiais, incluindo o presidente Lula.
Nessa onda, a gigante Maersk levou ao mar seu primeiro navio movido a metanol verde em setembro de 2023. Esta foi a primeira embarcação a navegar com o combustível, que é derivado de H2.
E a Maersk deverá operar mais 24 navios flex bicombustível a partir de 2026. Ao todo, mais de cem navios movidos a derivados de H2 já foram encomendados por grandes empresas do setor.
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Na Suécia, uma operadora de balsas também fez um retrofit para que suas embarcações possam navegar com combustíveis menos agressivos ao meio ambiente a partir deste ano.
No porto de Valência, na Espanha, o plano é net zero em emissões de gases do efeito estufa já em 2030.
A expectativa é que até maio o Brasil lance uma estratégia para estimular combustíveis marítimos sustentáveis, em linha com o que será definido em abril pela Organização Marítima Internacional.
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Portanto, se fosse produzido na RPBC o hidrogênio seria um impulso para a transição energética (e a redução da poluição) no Porto de Santos.
O ‘combustível do futuro’ também alavancaria as indústrias do Polo Petroquímico de Cubatão e seria um diferencial para atração de investimentos para a Zona de Processamento de Exportações (ZPE) projetada para o Porto.