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“Um simples gesto que pode salvar vidas”. A frase do caminhoneiro Laercio Firmiano, de 50 anos, remete à doação de sangue. Ele, que recentemente passou por uma delicada cirurgia no coração, contou com a ajuda dos amigos para poder realizar o procedimento de urgência. Mas a história dele poderia ter outro desfecho, porque os bancos de sangue da Região atuam quase sempre no limite. No Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado hoje. O lema é solidariedade.
“Precisei de duas bolsas de sangue, mas eles (o banco de sangue) pedem 15 para repor o estoque. Não encontrei dificuldades, pelo contrário, os amigos ajudaram muito”, explica Firmiano. O caminhoneiro, que mora em São Vicente, disse que sempre doou sangue por entender a importância do ato. “Eu, que sempre doava, me vi precisando da doação. Jamais deixarei de realizar esse gesto. Não precisa de dinheiro, apenas de solidariedade”.
No Hemonúcleo de Santos, que atende diversos hospitais da Região, a situação é crítica. Operando com 40% do estoque ideal, o órgão não dispõe de bolsas de sangue do tipo A negativo, e o tipo O negativo, que é universal, conta apenas com cinco unidades. Para suprir a demanda, muitas vezes é necessário recorrer a outros bancos, inclusive na Capital.
“A entrada não tem sido muito grande. Temos muitos pacientes necessitando desse tipo de sangue. Fazemos um apelo para que quem tenha esse tipo sanguíneo nos procure. Vai nos ajudar bastante”, ressalta Tânia Therezinha de Mello Vianna, assistente social do Hemonúcleo de Santos. Os estoques dos tipos B- e AB- também estão muito baixos.
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A chegada da temporada de verão, quando a população da Baixada Santista aumenta consideravelmente, já preocupa. “É o período do ano que a procura é maior. O pessoal daqui viaja e quem vem para cá não doa, por isso é importante que tenhamos um estoque maior”, destaca a assistente social. O ideal, segundo ela, é que o Hemonúcleo recebesse diariamente 60 candidatos a doação. “É feita uma triagem e, nem todos podem doar, mas se já tivermos esse número de candidatos todos os dias seria muito interessante”.
Para comemorar o Dia Nacional do Doador, o Hemonúcleo prepara uma recepção diferente. “Todo dia 25 de novembro homenagemos dois doadores (um homem e uma mulher), geralmente os fidelizados. Mas todos que vierem receberão uma lembrancinha pelo gesto”, afirma Therezinha.
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Para doar, o candidato deve ter boa saúde, entre 16 e 69 anos de idade (desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos) com mais de 50 kg de peso. Menores de idade precisam da autorização dos pais. É necessária a apresentação de um documento oficial com foto.
O Hemonúcleo de Santos fica no Hospital Guilherme Álvaro, na Rua Oswaldo Cruz, 197, no Boqueirão. O órgão funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 17h, e no último sábado do mês das 7h às 12h.
Veja onde doar:
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Santos
Banco de sangue do Hospital Santa Casa de Santos
(Av. Dr. Cláudio Luís da Costa, 50, Jabaquara).
Segunda a sexta-feira, das 7h às 17h e Sábado das 7h às 11h
Banco de sangue do Hospital Ana Costa
(Rua Amazonas, 143, 8º andar, Campo Grande).
Segunda a sexta-feira, das 8h às 16h
Banco de sangue do Hospital Beneficência Portuguesa
(Av. Dr. Bernardino de Campos, 47, Campo Grande).
Segunda a sexta-feira, das 7h às 12h
Cubatão
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Banco de sangue do Hospital Municipal
Avenida Henry Borden, s/nº, Vila Santa Rosa
Segunda a sexta-feira das 7h às 14h
Guarujá
Banco de Sangue do Hospital Santo Amaro
(Rua Quinto Bertoldi, 40, Vila Maia).
Segunda a sexta-feira das 8h às 13h e Sábado das 8h às 11h
Bertioga
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Agência Transfuncional do Hospital Municipal
(Praça Vicente Molinari, S/N, Vila Itapanhaú).
Segunda a sexta-feira, das 8h às 15h30
Mongaguá
Agência Transfuncional do Hospital Municipal
(Av. São Paulo, 826, Centro).
Segunda a sexta-feira das 7h às 17h
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