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A Prefeitura de São Paulo suspendeu a prorrogação do Programa de Combate ao Comércio Ambulante Irregular, em convênio com a Polícia Militar (PM). A informação foi publicada na edição desta sexta-feira, 23, do Diário Oficial da Cidade. Os aditamentos anuais, com previsão de aumento no efetivo de soldados que fiscalizam os ambulantes nas regiões na Rua 25 de Março e no Brás, estavam previstos no contrato firmado com a corporação em 2011.
O projeto foi desidratado ao longo de 2013, quando caiu pela metade o número de policiais que ficavam nas ruas da região central fiscalizando o comércio irregular. O efetivo nas ruas passou de 3.439 para 1.853 PMs. A reportagem constatou que o efeito nas ruas é a volta dos camelôs para vários grandes pontos de comércio da capital paulista e também para áreas próximas de estações de metrô e terminais de ônibus.
De acordo com o prefeito Fernando Haddad (PT), o foco da Operação Delegada deve ser ampliado, com combate à criminalidade na periferia e patrulha preventiva nos parques municipais. Haddad nega, porém, que faça vistas-grossas aos camelôs. "As apreensões vão continuar sendo feitas. Nós estamos apertando a fiscalização. O número de apreensões neste ano bateu o recorde dos últimos anos, mesmo com um efetivo bem menor", disse nesta quarta-feira, 21, logo após visita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
"O efetivo do programa pode ser deslocado para atender a outras demandas", acrescentou ele, que cita a patrulha preventiva à noite nos bairros da periferia e parques como novas frentes de trabalho da Operação Delegada. Os camelôs cobram maior atuação por parte da administração municipal. Segundo eles, o grupo de trabalho voltado a criar uma política para os ambulantes na capital está parado. Haddad afirma, no entanto, que a criação da política é "complexa".
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