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A marcha do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), que por mais de duas horas de caminhada bloqueou vias importantes do centro da capital paulista na manhã desta quarta-feira, 26, conquistou ao menos duas garantias da Prefeitura de São Paulo por melhorias na habitação popular.
No início da tarde, o prefeito Fernando Haddad (PT) subiu ao caminhão de som dos manifestantes e falou sobre a ocupação Nova Palestina, na zona sul, onde vivem cerca de 8 mil famílias. Segundo o petista, se a Câmara Municipal, na votação do Plano Diretor, decidir transformar a área em uma Zona Especial de Interesse Social (Zei), uma parte do terreno -- que tem quase 6 mil metros quadrados -- será destinada à habitação popular. O prefeito disse ainda que está temporariamente suspensa a reintegração de posse da ocupação Dona Déda, também na zona sul.
Quando chegou ao prédio da Prefeitura, por volta das 11h, uma comissão composta de 13 representantes de ocupações da cidade foi recebida por equipes dos secretários Paulo Frateschi, de Relações Governamentais, e José Floriano de Azevedo, da Habitação. Entre os pedidos levados estavam a revogação do decreto que cria um parque no terreno da Nova Palestina e o fim dos despejos nas ocupações.
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Protesto
Os manifestantes partiram da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na altura do Largo da Batata, por volta das 8h50 e passaram pelas Avenida Rebouças e pela Rua da Consolação antes de chegar ao Viaduto do Chá, onde fica a sede da administração municipal.
Segundo a Polícia Militar, o ato reuniu cerca de 1,5 mil participantes. "A Prefeitura sempre falou que não tem verba para comprar o terreno, mas para a Copa do Mundo tem, não é?", disse o eletricista Ailton Ferreira dos Santos, de 43 anos, que vive no assentamento Nova Palestina e participou da manifestação.
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Um dos organizadores do ato, Guilherme Boulos, explicou que o MTST continuará buscando melhorias na área de habitação. "Infelizmente, ainda temos que brigar e muito por direitos básicos, como a habitação", afirmou a doméstica Iracema Oliveira, de 45 anos, que mora na ocupação Novo Pinheirinho, em Embu das Artes, na Grande São Paulo. Segundo ela, até o mundial de futebol, novos protestos do MTST estão programados para chamar a atenção do poder público para a questão da moradia.
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