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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou hoje (28) que deve encaminhar o mais rápido possível à Câmara de Vereadores projeto de lei para punir consumidores pelo uso abusivo de água, como lavar calçadas. Ele deu a informação logo após reunião com o secretário de Recursos Hídricos do estado, Benedito Braga, e mais 29 prefeitos da região metropolitana de São Paulo.
No entanto, mais importante do que essa punição, a ser adotada também nas demais cidades vizinhas, na opinião dele, é criar um conjunto de medidas para enfrentar a crise hídrica. Por isso, segundo Haddad, no encontro os prefeitos apresentaram três sugestões ao governo do estado visando à criação de um comitê de acompanhamento da crise hídrica, e um canal de comunicação com a população.
Ele informou que o secretário se comprometeu a dar uma resposta em dez dias. A ideia, conforme o prefeito, é a de estudar os vários cenários possíveis de falta de água e diante disso tomar providências para evitar um colapso no abastecimento. Há uma preocupação sobre como seria o tratamento especial em relação à órgãos públicos que envolvem a saúde, no caso hospitais e postos de atendimento; segurança (penitenciárias, por exemplo) e educação (escolas e creches).
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O prefeito informou que o secretário se comprometeu a dar uma resposta em dez dias. Haddad também comentou que os prefeitos não esperavam pelo anúncio de ontem (27), quando o governo do estado acenou para a possibilidade de aplicar o rodízio de cinco dias sem fornecimento de água. “A possibilidade desse rodízio é uma medida muito dura”, avaliou o prefeito.
O secretário Benedito Braga disse, porém, que embora a situação seja difícil em razão da baixa quantidade de chuva que tem caído sobre os reservatórios, não é motivo para que a população entre em desespero porque nenhuma medida drástica sobre o rodízio será tomada sem antes um estudo mais detalhado e com transparência das ações a serem seguidas. Uma medida como essa, segundo ele, “não se toma da noite para o dia; é preciso um trabalho para verificar locais como hospitais e penitenciárias, que não podem ficar sem água”.
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