A operação provocou a morte de 33 pessoas em supostos confrontos com policiais militares, até a última sexta-feira (23). / Divulgação/ SSP
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Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, revelou que a Baixada Santista continuará com a Operação Verão. Iniciada após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, no último dia 2, a operação provocou a morte de 33 pessoas em supostos confrontos com policiais militares, até a última sexta-feira (23).
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Um relatório realizado por organizações ligadas aos direitos humanos aponta que houve execução sumária, tortura, ameaças e abusos por parte da atuação de agentes da Polícia Militar no âmbito da operação.
"As pessoas nunca foram lá e não conhecem a realidade", afirmou o secretário, em entrevista à Jovem Pan na noite desta segunda-feira (26).
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"A baixada passou a ser um centro de distribuição de drogas gigantesco", disse, sobre a atuação, segundo ele, do porto de Santos para o tráfico de drogas, que passou a ser utilizado pela facção criminosa PCC, a partir de 2014, como polo exportador de cocaína para países da Europa e Estados Unidos, também de acordo com o titular da pasta da segurança.
Ao justificar a continuação da Operação Verão, Derrite afirmou que o centro da cidade de São Paulo e a Baixada Santista devem ser elencados como grandes desafios na segurança.
"A criminalidade [na região de Santos] é muito mais agressiva que o normal", afirmou, durante a entrevista.
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Desde o dia 3 de fevereiro, o número de pessoas mortos por policiais na Baixada já é superior ao de 40 dias de Operação Escudo, realizada na mesma região entre 28 de julho a 5 de setembro do ano passado, quando 28 pessoas acabaram mortas após o assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, 30.
O PM foi baleado em uma via na periferia de Guarujá na noite de 27 de julho. Assim como Cosmo, Reis também estava em serviço ao ser atingido.
As investidas dos policiais são semelhantes, mesmo com nomes diferentes (Verão e Escudo): ocorrem principalmente nas periferias das cidades de Santos, São Vicente e Guarujá e contam com a presença de praças e oficiais lotados na capital.
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O tipo de material apreendido pelos policiais também é comum nas duas operações: armas, drogas e rádios comunicadores.
"A Operação Verão continua até que a gente possa capturar lideranças do crime organizado que continuam lá, procurados pela Justiça, ou [pessoas] que cometerem assassinatos contra policiais, cometeram crimes", afirmou.
Segundo Derrite, haverá aumento de efetivo na Baixada Santista, 33% dos 907 policiais militares formados na última turma da PM vão ficar na região do litoral paulista na escolha de vagas.
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Também contou ter acionado o banco de dados de policiais que querem ser transferidos para a Baixada e, no total serão 500 PMs a mais na próxima semana.
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