Cotidiano

Guerreiros Sem Armas invadem a Baixada Santista

A proposta é transformar sonhos em projetos e beneficiar dezenas de moradores

Carlos Ratton

Publicado em 24/07/2015 às 20:22

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De hoje à terça-feira (28), um grande mutirão será realizado por 60 jovens de 23 países do mundo dentro do programa Guerreiros Sem Armas em comunidades da Baixada Santista: o Morro do Tetéu e do José Menino, em Santos, e no Charm´s, em São Vicente. A proposta é transformar sonhos em projetos e beneficiar dezenas de moradores.

No último dia 21, nas comunidades, os moradores criaram maquetes sobre os sonhos coletivos que serão realizados a partir de hoje. Após o mutirão, no dia 31 de julho, os jovens do projeto visitam as três comunidades para sentir os primeiros resultados da iniciativa.

Em 1999, quando foi experimentado pela primeira vez, o programa proporcionou a criação de um centro comunitário, de uma creche, de uma praça comunitária e parque infantil com brinquedos em bambu, a eliminação de lixão em regiões estratégicas e a montagem de um posto de coleta seletiva do lixo, além da revitalização de um atracadouro para barcos.

Desde o início de julho, os jovens que participam desta edição do programa vêm tendo contato com tecnologias para transformação de realidades em qualquer lugar do mundo. São, no mínimo, 290 horas de formação nas comunidades da Baixada Santista com uma equipe experiente de facilitadores e consultores.

Além dos 60 participantes na formação, o programa acolhe cerca de 500 pessoas ao longo de todo o processo. São moradores das comunidades, representantes do poder público, do comércio local, de universidades, escolas e muita gente que participa espontaneamente do processo.

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Jovens estarão em Santos e São Vicente a partir de hoje (Foto: Instituto Elos)

Os participantes de todas as edições do programa Guerreiros Sem Armas fazem parte de uma rede mundial de jovens empreendedores sociais que atuam localmente para transformar comunidades.

A coordenadora de Relacionamento do Instituto Elos Brasil (responsável pelo programa), Val Rocha, afirma que cada jovem que integra o programa participou de um jogo online (processo seletivo) que os desafiou a colocar em prática a visão deles sobre um mundo melhor. “Eles tiveram que fazer ações que promoveram impactos positivos em comunidades ao redor do planeta. Os 60 que estão na Baixada são parte dos mais de 200 que fizeram ações”, comenta.

Segundo a coordenadora, o programa não foca os problemas, mas a partir do que há de melhor nas comunidades.
Os jovens detectam talentos, belezas e recursos. Depois, buscam o vínculo afetivo com a comunidade, descobrindo exemplos de superação e histórias de vida que podem ser potencializadas.

“Essas pessoas, estimuladas, geram um impacto positivo grande em sua comunidade. Os jovens do projeto se apaixonam pelo trabalho dessa pessoa e o passo seguinte é criar um sonho coletivo e torná-lo real, que pode ser uma horta comunitária, uma creche, um parque, uma escola de futebol, de música, enfim, tudo por intermédio de um mutirão, que materializa o sonho”.

A 9ª edição do Programa Guerreiros Sem Armas conta com o patrocínio da ADM Logística, Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e Caixa Econômica Federal, e apoio das prefeituras de Santos e São Vicente, Sesc de Santos, Santa Casa de Misericórdia de Santos e Agência Brasileira de Cooperação. O Instituto Elos já formou 403 jovens de 37 países diferentes, que atuaram com 21 comunidades na Baixada Santista.

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