Cotidiano

Grupo radical Boko Haram ameaça vencer força militar regional

“A sua aliança nada conseguirá. Juntem todas as suas armas e enfrentem-nos. São bem-vindos”, disse o líder Abubakar Shekau

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 09/02/2015 às 11:36

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O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, disse, em vídeo divulgado hoje (9), que o grupo radical islâmico vai vencer a força militar regional que combate no Nordeste da Nigéria, no Níger e em Camarões. “A sua aliança nada conseguirá. Juntem todas as suas armas e enfrentem-nos. São bem-vindos”, disse Shekau em um vídeo de 28 minutos, divulgado com mais dois no Youtube.

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Tropas do Chade, de Camarões e do Níger estão apoiando há vários dias o Exército da Nigéria no combate ao grupo islâmico nigeriano, cuja insurreição ameaça também os países vizinhos.

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Em um dos vídeos são mostradas imagens do líder do grupo radical Estado Islâmico, Abu Bakr Al Baghdadi. Não é a primeira vez que Shekau se refere a Al Baghdadi, mas agora parece estar colocando o Boko Haram emum contexto mais amplo da jihad (guerra santa). “Vamos combater o mundo inteiro, aplicando o princípio de que quem desobedece a Alá e ao profeta deve submeter-se, morrer ou tornar-se escravo”, diz o líder do Boko Haram.

A insurreição do Boko Haram na Nigéria, iniciada há seis anos, evoluiu para uma crise regional e, no sábado (7), a Nigéria, o Chade, o Níger, Camarões e o Benin concordaram em reunir 8.700 militares, policiais e civis para lutar contra os fundamentalistas.

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No discurso de 28 minutos, em que fala em árabe e em haussa (a língua mais falada no Norte da Nigéria), Shekau zomba da força multinacional, que anteriormente se previa que tivesse 7.500 homens.

“Vão mandar 7 mil soldados? Isso é pouco. Por que não mandam 70 milhões? Vamos capturá-los um a um”, disse.

Os Estados Unidos estimam que o Boko Haram tenha entre 4 mil a 6 mil combatentes, embora estejam bem equipados depois de atacar posições do Exército da Nigéria.

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Nesse domingo (8) e hoje, o grupo radical atacou a cidade de Diffa, no Sudeste do Níger, abrindo nova frente na ofensiva, após ataques em Camarões.

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