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Mais uma vez, trabalhadores cruzam os braços em Cubatão. Desta vez, o atraso nos benefícios fez funcionários da Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento (Cursan) paralisarem o serviço ontem. Merendeiros e serventes não ocuparam seus postos nas escolas municipais.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação (Sindilimpeza), que representa a categoria, os funcionários estão com benefícios como cesta básica e vale-transporte e refeição atrasados. Houve uma reunião entre funcionários e a Cursan, mas sem acordo. Segundo o sindicato, a greve, que já tem impacto nas escolas, continua.
Um dia após se manifestarem contra as demissões da Usiminas, a categoria saiu em passeata e seguiu da sede do sindicato em direção ao prédio da companhia. Segundo a presidente do Sindicato, Paloma dos Santos, o salário foi pago em atraso, mas os benefícios ainda estavam pendentes. Ela afirma ainda que outra reclamação dos trabalhadores é a falta de equipamentos de proteção e materiais de limpeza.
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Os funcionários que entraram em greve atuam nos serviços de limpeza e merenda nas escolas, o que é questionado pelo sindicato. Segundo Paloma, os funcionários estão em desvio de função: são auxiliares de limpeza que atuam merendeiras em escolas por falta de servidor.
Não à proposta
Em relação aos benefícios, a Cursan apresentou uma proposta ao sindicato. Em nota, a companhia esclarece que não há atraso no pagamento de salários aos funcionários da empresa, esperando que as atividades sejam retomadas hoje. A categoria se reuniu para discutir o que foi apresentado pela Cursan e, segundo Paloma, rejeitou a proposta e manteve a greve.
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Escolas
Por conta da paralisação, alunos tiveram que ser dispensados das aulas. A Secretaria de Educação afirma que 25% do serviço de merenda e 60% de limpeza foram prejudicados. Em razão disso, duas creches, três unidades de pré-escola e três de Ensino Fundamental precisaram dispensar os alunos mais cedo.
“Cheguei na escola (UME Estado do Amazonas) do meu filho e me informaram que não teria aula por falta de merendeira e de faxineira. A paralisação começou hoje (ontem), mas já avisaram que amanhã (nesta sexta) não haverá aula também”, informou Paulo Roberto, morador do Pinheiro do Miranda.
Com relação à falta de Equipamentos Individuais de Proteção (EPI’s) e materiais de limpeza, a Prefeitura afirma que está tramitando um processo de licitação para fornecimento – além de uniformes.
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Segundo a Administração, não há falta de materiais de limpeza, mas atrasos pontuais na entrega, que já estão sendo resolvidos.