A City tem quase 800 empregados, sendo os motoristas em torno de 380 / Nair Bueno/DL
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O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região informou que segue por tempo indeterminado a greve parcial na City Transportes, concessionária do transporte coletivo urbano em Guarujá.
Por determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT)), circulam 80% dos ônibus nos horários de pico, das 7 às 10 e da 17 às 19 horas. E 60% no período normal.
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A Diretoria do Sindicato chegou à garagem da companhia na noite de segunda-feira (27) e lá permanecerá, em rodízio, até o fim do movimento.
Segundo seu vice-presidente, Betinho Simões, a paralisação continuará até a empresa pagar a metade restante do adiantamento salarial de 40%, que deveria ter sido pago integralmente na segunda-feira (20).
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O TRT marcou audiência presencial de conciliação, com participação da Prefeitura, para a tarde desta quarta-feira (29). Em audiência virtual, na sexta-feira (24), a justiça determinou o percentual de circulação da frota.
Outra causa da greve, decretada na quinta-feira (23), foi o fato de o empregador anunciar, na quarta (22), que não pagaria o vale-refeição no sábado (25), o que acabou fazendo um dia antes (6ª-feira 24).
Na audiência de sexta-feira (24), o jurídico do Sindicato explicou ao TRT que os atrasos têm sido constantes. A empresa alega não ter recebido R$ 50 milhões de subsídios da Prefeitura, referente ao exercício de 2024. O Executivo reconhece o atraso, mas questiona os valores.
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A City tem quase 800 empregados, sendo os motoristas em torno de 380. Os demais são de fiscalização, manutenção e administrativos, todos descontentes com a situação.
O número médio de passageiros por dia útil é de 75 mil, caindo para 45 mil no fim de semana. São 150 carros articulados, elétricos, convencionais e micros.
A empresa opera 40 linhas, entre as diurnas, noturnas, duas gratuitas e uma entre a estação rodoviária e o hipermercado Assaí. Betinho espera que tudo se resolva na audiência desta semana.
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Vale lembrar que a Prefeitura de Guarujá ingressou com duas petições – uma na esfera cível e outra na trabalhista – para evitar a suspensão do serviço de transporte público na Cidade com a já anunciada greve dos trabalhadores da concessionária City Transportes.
Petição é um documento escrito que apresenta uma solicitação ou reivindicação.
No caso da cível, a Administração pede à Justiça obrigue a empresa a pagar a multa diária de R$ 500 mil, em caso de interrupção parcial ou integral do serviço, conforme a tutela cautelar antecedente, concedida pelo juiz da Vara da Fazenda Pública de Guarujá, no último dia 20.
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Em relação à trabalhista, a Prefeitura pede que Justiça do Trabalho – que já está julgando o Dissídio Coletivo de Greve entre a empresa e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região (Sindrosantos) – tome conhecimento da tutela cautelar que ensejou a multa, segundo a Administração, informação omitida pela City durante audiência.
A Prefeitura continua analisando as inúmeras inconsistências encontradas nas informações técnicas, financeiras, administrativas e operacionais fornecidas pela empresa à Administração, para que possa tomar as providências cabíveis. O objetivo da nova gestão municipal é garantir o direito constitucional ao transporte público e também zelar pela destinação correta do dinheiro público.