Cotidiano

Greve da PM na Bahia 'violou a Constituição', diz Cardozo

O ministro da Justiça disse que a greve da PM no Estado foi "uma clara violação do texto constitucional"

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 17/04/2014 às 20:06

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), estavam reunidos para discutir estratégias de atuação dos integrantes da Força Nacional de Segurança e do Exército enviados à Bahia para fazer o policiamento durante a greve da PM, quando foram informados que o movimento havia sido encerrado. Na saída do encontro, porém, os dois não festejaram o fim da greve.

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Cardozo disse que a greve da PM no Estado foi "uma clara violação do texto constitucional" e que o governo federal está preparado para auxiliar os Estados em casos semelhantes. "Temos vários direitos constitucionais, um deles é o de segurança pública, e para garantir esses direitos a Constituição coloca certos limites a ação de agentes", explicou. "No caso da Bahia, houve uma clara violação do texto constitucional. Não é possível que nós tenhamos interesses corporativos colocados acima do interesse da sociedade, que reivindicações sejam feitas espalhando pânico e terror."

Cardozo e Jaques Wagner estavam reunidos para discutir estratégias de atuação dos integrantes da Força Nacional (Foto: Agência brasil)

De acordo com Cardozo, a rapidez no envio das tropas federais à Bahia foi uma demonstração da capacidade do governo federal de reagir a situações semelhantes. "O governo federal tem a missão de defender a Constituição e o estado democrático de direito", disse. "Se houver uma tentativa de violação dos direitos da população, nós atuaremos", finalizou.

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"A notícia nos tranquiliza muito, mas não podemos comemorar, porque ficam os traumas desses dois dias de greve", resumiu o governador Wagner. De acordo com ele, ficou combinado com o ministro que as tropas federais seguem na Bahia pelo menos até o início da próxima semana. "Nosso planejamento não se encerra aqui, temos um feriado pela frente e vamos manter a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para uma reavaliação, até ter a certeza de que a normalidade foi reconquistada."

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