Cotidiano

Gremar recolhe mais de 100 animais em três meses na Baixada Santista

Mais de 90 animais mortos integram este número que foi registrado em praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga

Da Reportagem

Publicado em 24/04/2021 às 07:00

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Tartarugas estão entre principais vítimas de colisões com embarcações em todo o litoral paulista / Divulgação/Gremar

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O Instituto Gremar registrou, apenas durante os três primeiros meses de 2021, o resgate de 24 animais vivos e recolheu 91 animais mortos, entre aves, mamíferos e tartarugas, nas praias dos municípios de São Vicente, Santos, Guarujá e Bertioga, conforme dados do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Dentre a fauna encontrada sem vida, as causas de letalidade seguem sendo consequência de ação humana, indo desde colisões contra embarcações a até ingestão de resíduos sólidos.

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Dos 24 animais vivos resgatados, foram 14 aves: sete atobás (Sula leucogaster), dois gaivotões (Larus dominicanus), um bobo-grande (Calonectris diomedea borealis), um bobo-pequeno (Puffinus puffinus), um trinta-réis (Anous stolidus), um biguá (Phalacrocorax brasilianus) e uma fragata (Fregata magnificens); e dez tartarugas-verdes (Chelonia mydas). Destes, seis já foram reabilitados e reintegrados à natureza: quatro atobás e duas tartarugas-verdes.

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Em contrapartida, dentre os 91 animais mortos recolhidos estavam cinco aves, todas da espécie Sula Leucogaster (atobá) e 18 mamíferos, sendo 16 da espécie Pontoporia blainvillei (toninha), um da espécie Sotalia guianensis (boto-cinza) e um não identificado devido a avançado estágio de decomposição.

Além disso, destaque para as tartarugas marinhas: 68 ao todo. Destas, 50 são da espécie Chelonia mydas (tartaruga-verde), dez da espécie Caretta caretta (tartaruga-cabeçuda), uma da espécie Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva), uma da espécie Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente) e seis não identificadas também devido a avançado estágio de decomposição.

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Dentre as interações com o ambiente que resultaram em óbitos dos animais, foram identificados sinais de colisões com embarcações, ingestão de resíduo sólido, ou seja, lixo, e também interação com petrechos de pesca e
dragagem.

Segundo os profissionais do instituto que trabalham em operações de resgate e tratamento, os animais marinhos são vulneráveis à mortalidade por equipamentos de pesca em diversas situações, como o curto período entre o anzol deixar o barco e afundar. Eles também podem ser fisgados e potencialmente feridos durante o recolhimento da linha, além do fato de iscas e petrechos descartados incorretamente também atraírem o animal, que pode confundi-los com alimento. Da mesma forma, a presença de lixo no mar.

Atenta às recomendações das autoridades de saúde devido à pandemia do Covid-19 desde o primeiro trimestre de 2020, a equipe do Instituto Gremar em conjunto com a coordenação do PMP-BS área SP e a Petrobras, tem adotado medidas rígidas para prevenir o contágio e dar continuidade ao trabalho de resgate e reabilitação de animais marinhos da melhor forma possível. O uso de equipamentos e insumos adequados, o trabalho em home office do setor administrativo e a restrição do número de colaboradores nos recintos dos animais, salas de cirurgia e manejo, além do monitoramento, estão entre eles.

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