Cotidiano
Alexis Tsipras vai apresentar uma contraoferta aos credores, que incluem outros países da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional, de acordo com duas fontes
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O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e credores internacionais concordaram sobre alguns aspectos de um acordo de financiamento em uma reunião na quarta-feira, mas ainda existem divergências de opiniões em algumas questões cruciais, disseram autoridades europeias nesta quinta-feira.
"As próximas horas, os próximos dias... são absolutamente essenciais", disse Pierre Moscovici, comissário de economia da União Europeia. "Eu diria que sou otimista", acrescentou.
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Tsipras vai apresentar uma contraoferta aos credores, que incluem outros países da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI), de acordo com duas fontes. Os comentários foram feitos depois que o primeiro-ministro grego se encontrou com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o ministro das Finanças holandês, que representa os governos nacionais no bloco da moeda, Jeroen Dijsselbloem.
"As propostas e contrapropostas fazem parte das negociações combativas que estão em curso", disse um oficial. "Ontem vimos alguma convergência em alguns pontos, mas não em outros. Vai ser difícil", acrescentou.
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Após a reunião das autoridades, Tsipras disse que ele estava contente com novos objetivos orçamentários apresentados pelos credores, que são inferiores aos do pacto da ajuda existente. Mas ele rejeitou propostas para novos cortes nas pensões e aumentos no imposto sobre o valor agregado, o que os credores consideram como fundamentais para o cumprimento das metas orçamentárias e ajuste de conta gregas.
Um funcionário europeu disse que Tsipras não deu "não" puro e simples, mesmo em relação às propostas de pensão e de imposto durante as conversações de quarta-feira. "É um problema para as negociações", disse o oficial.
Uma fonte grega disse que as negociações entre ambos os lados têm de ser concluídas até 14 de junho, no máximo. "Esta é a data que a comissão deu", disse.
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O governo da Grécia tem esperado há meses por um pagamento de 7 2 bilhões de euros (US$ 8,05 bilhões) do programa de resgate internacional, que totaliza 245 bilhões de euros. Caso o país não consiga, pelo menos, parte desse dinheiro, a Grécia pode dar calote no pagamento da dívida ao FMI no final deste mês.
Autoridades europeias disseram na quinta-feira que os credores podem melhorar a oferta à Grécia apenas marginalmente. O FMI insiste que as metas menos ambiciosas de austeridade e de reformas nas pensões não seriam suficiente para conter a crescente dívida da Grécia, forçando os governos europeus a reestruturarem seus empréstimos a Atenas. Esse argumento é rejeitado pela Alemanha e outros governos.
Uma fonte deixou a entender que Atenas pode ser capaz de deslocar alguns bens que possuem impostos mais altos sobre valor agregado para categorias inferiores de tributação, mas que essa falta de receitas teria, então, de ser compensada em outros lugares.
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"Poderiam ser encontradas, aqui e ali, algumas medidas equivalentes", disse um segundo oficial.
Perder o apoio do FMI em acordo colocaria em dúvida a credibilidade do resgate grego na Alemanha, dificultando o trabalho da chanceler alemã, Angela Merkel, em justificar mais ajuda para Atenas.
No entanto, os termos que poderiam ser propostos por Alemanha e FMI são opostos ao posicionamento do Syriza na época de eleições. Tsipras poderia enfrentar uma revolta na linha dura do Syriza se tentar impor termos dos credores, admitiram autoridades europeias. Eles alegaram que não sabem como Tsipras vai responder nos próximos dias.
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A proposta dos credores exige superávits primários de 1% em 2015 2% em 2016, 3% em 2017 e 3,5% em 2018, de acordo com autoridades com conhecimento de a proposta. Estas taxas são mais baixas do que as metas de 3% em 2015 e 4,5% a partir de 2016 que estavam previstas no programa de resgate existente da Grécia, que foi prorrogado até o final de junho. Ainda assim, elas são mais elevadas do que o que Atenas estava esperando conseguir e forçariam o governo a fazer mais cortes de gastos.
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