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Após o setembro mais chuvoso em 19 anos no Sistema Cantareira e em 32 anos no Alto Tietê, a Grande São Paulo entrou no chamado "período úmido", que vai de outubro a março, com um estoque de água em seus mananciais maior do que tinha há um ano. É a primeira vez que isso acontece desde o início da crise hídrica, em janeiro de 2014.
Levantamento feito pelo Estado com base nos dados fornecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostra que os seis sistemas que abastecem cerca de 20 milhões de pessoas na região metropolitana começaram outubro com 496 bilhões de litros estocados, 4% a mais do que os 477 bilhões disponíveis em outubro de 2014.
O cálculo considerou as duas cotas do volume morto do Cantareira e os 53 bilhões de litros que foram acrescidos à capacidade do Alto Tietê no fim de 2014. Apesar da melhora do cenário, a situação ainda é classificada como "preocupante" pela Sabesp. No caso do Cantareira e do Alto Tietê, por exemplo, que são os maiores mananciais, o estoque hoje ainda é inferior ao de um ano atrás.
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A Sabesp destaca que a melhora do cenário só foi possível porque o volume retirado das represas no "período seco" deste ano (abril a setembro) foi 21% menor do que no de 2014, graças ao aumento na economia de água da população e ao racionamento. No período, a quantidade de água que entrou nos reservatórios que abastecem a região em 2015 foi apenas 2% maior do que em 2014.