Grande parte do atum pescado está contaminado, segundo pesquisa

Fonte de proteínas, vitaminas e minerais, os peixes são os alimentos mais consumidos do mundo. Além de ser rico em ômega 3, um ácido graxo que auxilia diversas funções do organismo, alguns deles possuem uma alta quantidade de mercúrio que pode ser tóxico para os humanos. Entre eles, está o atum.

Segundo um estudo da Agência de Segurança Alimentar da Espanha (AESAN), foi feita uma análise da contaminação dos peixes e mariscos consumidos no mundo.

Espécies

De acordo com os analistas da AESAN, além do atum fresco, o peixe-espada, tubarão azul, peixe-agulha, garoupa, maruca, cherne, espadarte, cação e a tintureira estão com grande concentração de mercúrio.

Inclusive, durante os estudos foi notado que eles possuem em comum o fato de serem predadores de vida longa, ou seja, se alimentam de peixes pequenos e vivem mais tempo. Consequentemente, os níveis do metal vão passando de um para o outro e aumentam a cada nível da cadeia alimentar.

Brasil

A maior concentração de peixes contaminados por mercúrio em terras brasileiras é na região norte, com o estado do Pará sendo o mais afetado. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Outro fator que contribui para isso é a grande mineração de ouro na região, o que faz os rios possuírem níveis alarmantes de mercúrio.

Riscos

O consumo de alimentos contaminados pode causar graves problemas de saúde, principalmente se tratando de contaminados com mercúrio. Eles podem atingir os sistemas cardiovascular, digestivo, imunológico e nervoso. 

Os sintomas podem aparecer meses ou anos depois da exposição ao metal, e em muitos casos, o diagnóstico é irreversível. 

Porém, segundo os especialistas, isso não é motivo para parar totalmente de consumir os peixes citados. A recomendação é que eles sejam consumidos pelo menos duas vezes ao mês.

No Litoral

Além das espécies citadas, o cação, tainha, camarão e pescados no litoral de São Paulo, também estão contaminados com diversos outros elementos. Porém, os motivos são diferentes aos encontrados pela AESAN.

O Diário do Litoral chegou a abordar as questões em diferentes matérias.

*Com informações do Tudo Gostoso.