Cotidiano

Governos rivais disputam controle do petróleo na Líbia

Em agosto, rebeldes islâmicos tomaram o controle da capital líbia Trípoli e estabeleceram seu próprio governo, enquanto o governo reconhecido internacionalmente, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 18/10/2014 às 20:24

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Uma disputa entre os governos líbios rivais pelo controle da indústria de petróleo do país norte-africano está aumentando, potencialmente complicando a produção e venda do recurso.

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Em agosto, rebeldes islâmicos tomaram o controle da capital líbia Trípoli e estabeleceram seu próprio governo, enquanto o governo reconhecido internacionalmente, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani, e o parlamento fugiram para o leste do país. Um diálogo patrocinado pelas Nações Unidas entre os dois lados não conseguiu resolver as diferenças no mês passado.

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Após assumir o controle do edifício estatal National Oil Co. (NOC), no mês passado, Mashallah Zawie, o ministro do petróleo do governo rebelde, estabeleceu esta semana suas primeiras políticas de petróleo, o que incluiu dizer que planejava aumentar os preços dos combustíveis, de acordo com o site da NOC e com a agência de notícias Imprensa Solidariedade. Ele também fez sua primeira aparição internacional em uma conferência da indústria do petróleo em Istambul, onde pediu que as empresas estrangeiras retomassem os investimentos paralisados na Líbia, segundo a agência de notícias oficial líbia Lana.

Ambas lideranças da Líbia estão agora disputando o controle do petróleo para a exportação, principal fonte de receita do país. No mês passado, a Câmara dos Deputados, o parlamento reconhecido internacionalmente, com sede na cidade de Tobruk, demitiu o chefe do banco central, Sadiq al-Kabir, que supervisiona as receitas do petróleo. Um porta-voz do primeiro-ministro al-Thani disse que seu governo controla o banco central e que os futuros pagamentos pelo petróleo irão para contas que o gabinete supervisiona.

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Mas funcionários da NOC e da subsidiária do banco central que recebe os pagamentos dos compradores de petróleo informaram que as receitas continuam a chegar nas contas com base em Trípoli. Também disseram que al-Kabir permanece no cargo.

A confusão sobre quem controla o petróleo da Líbia pode frustrar produção e exportações futuras. Um funcionário na NOC disse que a produção de petróleo estava em 850 mil barris por dia, um aumento de 40 mil barris por dia em comparação com a semana passada, uma vez que alguns campos aumentaram sua produção.

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