Cotidiano
O abandono do Escolástica Rosa perdurou durante as gestões dos ex-governadores José Serra, Geraldo Alckmin, Márcio França e João Dória
Abandonado, tomado pelo mato e à beira da ruína, o prédio do Escolástica Rosa pode mudar de dono em breve / Diário do Litoral
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E os capítulos desta novela chamada "Escolástica Rosa" estão longe de um fim. Além do imóvel não ser indicado pela Prefeitura de Santos como possível local para o futuro Instituto Federal de Educação em Santos, o prédio histórico também não recebeu o investimento prometido pelo Estado.
Com o projeto de restauro pronto e aprovado pela Administração Municipal e pelo Condepasa, a Santa Casa recebeu a promessa do então secretário de Estado do Turismo, Roberto de Lucena, que o Governo Tarcísio de Freitas ajudaria com verbas públicas a restauração do conjunto arquitetônico. Na época, a estimativa era de que a obra consumiria R$ 50 milhões.
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Passados dois anos, os valores atualizados já somam R$ 77 milhões. Mas, o dinheiro prometido pelo Governo do Estado não veio. Aliás, o Estado ocupou o imóvel com 17 mil metros quadrados durante 41 anos e só promoveu reparos pontuais na estrutura centenária.
O desleixo foi tanto que desde meados da década passada o conjunto arquitetônico oferecia risco aos estudantes, professores e funcionários.
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Até que, sem acordo com Irmandade da Santa Casa, o Governo do Estado resolveu abandonar definitivamente as instalações projetadas pelo benemérito santista João Octávio dos Santos.
Esse abandono perdurou durante as gestões dos ex-governadores José Serra, Geraldo Alckmin, Márcio França e João Dória.
No terreno que chegou a abrigar oficinas profissionalizantes e um até um orfanato, também funcionou uma unidade da Faculdade de Tecnologia (Fatec), ligada ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.
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Agora, há cerca de 45 dias, o Estado solicitou o envio do projeto de restauração do imóvel para o secretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite.