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O principal aliado do ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi no tenso governo do país, o ministro do Interior, Angelino Alfano, sobreviveu a uma moção de censura no Parlamento nesta sexta-feira. No entanto, aumentaram as rachaduras na frágil aliança do governo, já que alguns parlamentares negaram apoio ao ministro por causa do papel dele na deportação da família de um oposicionista cuja origem é o Casaquistão.
A moção de censura no Senado, que foi apresentada por parlamentares da oposição, pretendia depor o ministro Alfano. O primeiro-ministro Enrico Letta pediu que os membros de seu partido de centro-esquerda apoiassem Alfano, mas três dos senadores do grupo se abstiveram da votação depois de criticarem o papel do ministro no caso de deportação. A abstenção agrava a já fraca imagem da coalizão liderada por Letta.
Alfano insiste que não sabia que o embaixador do Casaquistão em Roma havia pedido que a polícia italiana deportasse imediatamente a esposa e a filha de seis anos de Mukhtar Ablyazov, um empresário casaque que teria financiando partidos da oposição e a imprensa em seu país.
Quando o escândalo ficou conhecido, Letta revogou a ordem de expulsão, mas a mulher e a criança já estavam no Casaquistão. Alfano demitiu nesta semana autoridades do ministério e da polícia por causa desse caso.
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