Cotidiano

Governo francês propõe punir clientes de prostituição

O projeto de lei, no entanto, enfrenta resistência em um país com reputação libertária e levou a abaixoassinados defendendo aqueles que pagam por sexo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 26/11/2013 às 19:55

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O governo francês vai propor uma das leis mais duras da Europa contra a prostituição e o tráfico de mulheres. Defensores esperam que o projeto de lei que vai para o Parlamento amanhã ajude a mudar atitudes em relação à profissão mais antiga do mundo punindo o cliente e protegendo a prostituta.

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O projeto de lei, no entanto, enfrenta resistência em um país com reputação libertária e levou a abaixoassinados defendendo aqueles que pagam por sexo. Os assinantes incluem ícones do cinema, como a atriz francesa Catherine Deneuve, que interpretou uma prostituta no filme "Belle de Jour", e o cantor Charles Aznavour.

O caso é acompanhado de perto por países vizinhos. A prostituição é legalizada na França, mas bordéis que praticam lenocínio em público são considerado ilegais.

Um grande debate sobre sexo e o sexismo na França foi provocado pelo projeto de lei, além de chamar atenção para a evolução do negócio do sexo e como o número de prostitutas, sobretudo estrangeiras da Ásia e da Europa Oriental, tem aumentado nos últimos anos.

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O governo francês vai propor uma das leis mais duras da Europa contra a prostituição (Foto: Divulgação)

Um cliente que contratar uma prostituta poderia pagar uma multa de 1.500 euros, podendo dobrar em casos recorrentes. Além disso, eles podem ser obrigados a assistir a aulas que visam a destacar os danos da prostituição.

A proposta também visa a descriminalizar cerca de 40 mil prostitutas no país, acabando com uma lei de 2003 que proíbe a atuação nas ruas, e tornando mais fácil para prostitutas estrangeiras permanecerem legalmente na França caso entrem em processo de sair da prostituição.

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Uma das autoras da proposta, Maud Olivier, diz que é a ideia é "pôr fim à consequência de relações desiguais e arcaicas entre homens e mulheres".

A lista de países interessados na experiência francesa tem nomes como Alemanha, Suíça e Holanda, onde bordéis são legalizados.

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