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O governo do Egito decretou hoje (14) estado de emergência por um mês, em decorrência da violência registrada no país. O estado de emergência entrou em vigor nesta quarta-feira às 16h, no horário local (11h de Brasília). A ordem foi expedida pelo presidente interino, Adly Mansour. Os confrontos de ontem (13) entre manifestantes e policiais deixaram pelo menos 100 mortos, segundo a Irmandade Muçulmana. Entre os mortos estão dois jornalistas.
Em meio aos confrontos, a Embaixada do Brasil no Egito passou a funcionar a partir de hoje em regime de plantão. Em comunicado interno, a representação diplomática informa que a decisão foi tomada para facilitar os deslocamentos dos funcionários locais (em geral, egípcios) no Cairo (onde ocorre a maior parte dos protestos).
Anteriormente, em 4 de julho, após a destituição do então presidente Mouhamed Mursi pelas Forças Armadas, a embaixada recomendou que os brasileiros no país redobrassem o cuidado nos locais com aglomeração e evitassem deslocamentos desnecessários. Não houve registros de brasileiros feridos ou mortos.
O clima de tensão no país é relatado por organizações não governamentais (ONGs). Nas manifestações, há simpatizantes e opositores a Mursi, assim como defensores do governo do ex-presidente Hosni Mubarak, deposto em fevereiro de 2011, e militares. Com relação aos confrontos de ontem (13), as forças policiais confirmam apenas seis mortos, inclusive dois policiais, diferentemente do que foi informado pela Irmandade Muçulmana.
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