Cotidiano

Governo deve anunciar hoje corte de gastos de R$ 20 bilhões

Dilma está evitando cortar recursos dos programas sociais, que já foram atingidos de acordo com o projeto de lei orçamentária anual para o próximo ano

Publicado em 14/09/2015 às 12:36

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O governo deve anunciar nesta segunda-feira, 14, o corte de gastos de R$ 20 bilhões discutido durante o fim de semana, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Há uma expectativa de que o governo divulgue todas as medidas ainda hoje.

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A presidente Dilma Rousseff passou o fim de semana reunida com a junta orçamentária - Fazenda, Planejamento e Casa Civil - e com outros ministros para discutir as diretrizes do corte. Dilma está evitando cortar recursos dos programas sociais, que já foram atingidos de acordo com o projeto de lei orçamentária anual para o próximo ano.

Com a necessidade de zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões previstos no orçamento de 2016 e após o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, o governo avalia que precisa reagir o quanto antes para evitar que as outras agências - Fitch e Moody's - sigam o mesmo caminho.

A presidente Dilma Rousseff passou o fim de semana reunida com a junta orçamentária (Foto: Lula Marques/Agência PT)

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Nesta manhã, a presidente comandou a reunião de coordenação política, que tem a presença de Joaquim Levy, dirigente da Fazenda, Nelson Barbosa, do Planejamento, Aloizio Mercadante, da Casa Civil e mais 11 ministros, além do senador Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado, o senador José Pimentel, líder do governo no Congresso, e o deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara.

Para evitar um desgaste com o Congresso, peça-chave na aprovação de um possível aumento de tributo, o governo irá conversar, antes de anunciar os cortes, com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e com o vice-presidente, Michel Temer, que está em viagem oficial à Rússia. O Congresso vem reforçando a ideia de que o Executivo precisa cortar "na carne" antes de propor um aumento na carga tributária.

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