Nona embarcação foi entregue nesta segunda-feira (2) / Renan Lousada/DL
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A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Natália Resende, entregou nesta segunda-feira (2) à tarde, em Guarujá, a FB-11, a nona embarcação, revitalizada e modernizada que será destinada à travessia entre Santos e Guarujá, marcando o início dos reforços para a Operação Verão 2024/2025 nas travessias litorâneas.
No entanto, em entrevista, Natália, ao informar os investimentos realizados na Baixada Santista, não apontou uma solução para resolver um problema crônico e que não deve ser minimizado: as filas tanto do lado de Santos, quanto de Guarujá, que vêm esgotando a paciência dos usuários, comprometendo a qualidade dos serviços prestados à população.
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“Estamos tentando resolver esse problema em curtíssimo prazo. Pegamos um sistema precário, fizemos R$ 200 milhões de investimentos (R$ 44 só em reformas nas balsas de travessia de Santos-Guarujá), devemos entregar no final do ano mais duas reformadas e melhoramos o sistema operacional para tentar melhorar a questão das filas”, disse.
A secretária garantiu que somente uma parceria-público-privada (PPP) deve dar sustentabilidade ao sistema, resolver o problema de fila, melhorar em 50% a eficiência dos serviços, pois prevê indicadores de desempenho e penalidades.
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No entanto, para temporada, o Governo deverá chegar ao máximo de eficiência possível, com nove balsas operando e uma de reserva, totalizando 10 embarcações.
Natália Rezende garante que a PPP já teve consulta lançada semana passada e o resultado deve sair em 30 dias. Ou seja, em janeiro de 2025.No segundo trimestre, segundo revelou, devem sair os leilões e, a partir de julho, assinado o contrato resultado da parceria, que não vai ser prejudicada com a implantação do túnel submerso.
Disse ainda que será aportado cerca de R$ 1,2 bilhão (R$ 630 só do Governo do Estado), que futuramente deve melhorar cerca de 50% o serviço, inclusive com a eletrificação da frota.
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Paralelamente, disse que o Governo está levantando as deficiências em todas as travessias e realizar audiências públicas. A secretária não respondeu porque a operação, apesar de oito balsas, é sempre realizada com no máximo quatro.
Insistiu em responder que a Secretaria “está investindo em segurança, tecnologia, manutenção, em balsas reformadas e que os esforços até agora estão dando resultado”, apesar da espera na fila chegar a duas horas.
A média de movimentação nas balsas entre Santos e Guarujá é de 23 mil carros por dia. O percurso de 400 metros entre as duas cidades é feito em cerca de sete minutos, com uma espera média de 20 minutos para a travessia em dias normais.
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A frequência das balsas varia de acordo com a demanda e o horário, sendo maior nos horários de pico. O tempo de espera pode aumentar devido ao alto fluxo de veículos, em ambos os sentidos.
Na travessia Santos/Guarujá, a média diária é de 5.187 ciclistas, enquanto na rota Santos/Vicente de Carvalho, o volume diário médio é de 1.481 ciclistas. Em 2024, essas duas rotas já ultrapassaram 1,5 milhão de ciclistas.