Cotidiano

Governo Alckmin entregará no ano que vem menos estações que prometeu

No pacote há, contudo, projetos cuja construção foi iniciada vários anos atrás. Caso do trecho mais a oeste da Linha 4-Amarela, que compreende as futuras Estações São Paulo-Morumbi

Publicado em 26/12/2014 às 00:35

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O governo do Estado de São Paulo entregará, em 2015, menos estações de Metrô e trem do que neste ano e também em um número menor do que havia prometido. Pelo cronograma da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), no ano que vem serão inauguradas apenas duas estações do Metrô - Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie - e nenhuma da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Questionado sobre o assunto, o próprio Alckmin afirmou que obras desse tipo, "caríssimas e complexas", não ficam prontas "em 24 horas".

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No pacote há, contudo, projetos cuja construção foi iniciada vários anos atrás. Caso do trecho mais a oeste da Linha 4-Amarela, que compreende as futuras Estações São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, na zona oeste. O ramal começou a ser implementado há uma década e esse pedaço já foi prometido para 2014, o que não se concretizou. Agora, a inauguração está cogitada para algum momento de 2016 - mais provavelmente os últimos meses daquele ano.

Também a Linha 15-Prata, um monotrilho suspenso sobre o eixo de avenidas como a Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello e Ragueb Chohfi, na zona leste, inicialmente teria mais estações abertas em 2014 - o projeto original era que essa linha estivesse operando neste ano até a região de São Mateus. Porém, até agora, só duas estações, Oratório e Vila Prudente, foram entregues, e ainda funcionando de modo parcial. Para o ano que vem, nenhuma nova estação deve abrir as portas nesse ramal.

Outro monotrilho, a Linha 17-Ouro, na zona sul, que chegou a ser anunciado para 2015, só terá seu primeiro trecho funcionando um ano depois, conforme nova estimativa do governo estadual, assim como a segunda fase da Linha 5-Lilás, que também ficou para 2016

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O governo do Estado de São Paulo entregará, em 2015, menos estações de Metrô e trem do que neste ano (Foto: Edson Lopes Jr)

A consultora de marketing Margarete de Moraes, de 45 anos, que vive no Jabaquara, na zona sul, se queixa dos prazos. "Há uns sete anos ouço falar da Linha 17 e até agora nada, nem sombra de obra para esses lados. Só prometem e prometem prazos, mas não cumprem." O contador João Sousa, de 39 anos, pede mais rapidez nas obras do Metrô na zona leste, onde mora. "É preciso mais opções na região, porque a Linha 3-Vermelha está muito cheia."

CPTM. Na CPTM, a situação não difere muito. A Linha 13-Jade abriria em 2014 e, depois, em 2015. Mas só deve estar funcionando em 2016. Esse ramal ligará São Paulo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, acrescentando duas novas estações à rede existente.

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A rede de trens suburbanos ganhará em 2015 duas estações reconstruídas (Suzano e Ferraz de Vasconcelos) e uma reformada (Poá), na Linha 11-Coral. Elas já existiam antes da requalificação. No Metrô, a inauguração das Estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, na Linha 4, não acrescentará mais quilômetros à rede, porque ambas ficam no meio do ramal. Em 2014, o governo inaugurou sete estações no sistema metroferroviário: Vila Aurora, na Linha 7-Rubi; Adolfo Pinheiro, na Linha 5-Lilás; Amador Bueno e Santa Rita, na Linha 8-Diamante; Fradique Coutinho, na Linha 4-Amarela; e Vila Prudente e Oratório, na Linha 15-Prata, que é um monotrilho.

Para o engenheiro Emiliano Affonso, presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô de São Paulo (Aeamesp), vários fatores podem adiar a entrega de obras. "O governo está tentando tirar o atraso, mas é preciso sinergia de todos, até da sociedade. Para colocar um carro rodando na cidade não tenho de respeitar nenhuma medida mitigatória. Já o Metrô tem de cumprir uma série de exigências para obras", diz, referendo-se às demandas de órgãos como a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Affonso defende ainda que o planejamento das linhas de Metrô comece mais cedo e leve em consideração a ocupação do solo em seus projetos. "A racionalidade de se fazer, por exemplo, uma estação virar polo de desenvolvimento em uma região mais afastadas poderia ser pensando com mais antecedência."

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