Continua depois da publicidade
Marcelo Leonardi, diretor de Políticas Públicas do Google Brasil, afirma que o buscador não discrimina os concorrentes no resultado, e nega que a empresa use sua posição de liderança em buscas para promover outros produtos.
"Usar o Google é uma escolha do usuário, e outras ferramentas de busca estão a apenas um clique de distância", disse Leonardi, em entrevista por e-mail. "Além disso, muitos de nossos produtos são plataformas abertas. No Google Chrome, por exemplo, o usuário pode facilmente alterar a ferramenta de busca para Yahoo ou Bing, assim como o Android é um sistema operacional de código aberto que pode ser usado sem instalação de software do Google "
O diretor negou que haja preferência ao seu produto de comparação de preços nos resultados das buscas. "Algumas vezes, a resposta da busca pode ser uma lista de websites", disse. "Em outras, a previsão do tempo, um mapa ou uma resposta fática. Quando alguém busca por ‘câmera digital’, por exemplo, nossos testes científicos determinaram que as pessoas preferem ver links para lojas que vendem diretamente o produto. Quando alguém busca por ‘Cruzeiro’, por exemplo, mostramos no topo da página o resultado do último jogo e quando será o próximo, porque resultados especializados são os mais relevantes para cada busca Esses resultados especializados são parte de nossa ferramenta de busca e não um produto separado."
Continua depois da publicidade
Para Leonardi, não existe necessidade de leis que tratem do mercado de buscas. "Muitos acadêmicos, autoridades reguladoras e até o Poder Judiciário no Brasil já rejeitaram a noção de que o conteúdo de ferramentas de busca deveria ser regulado", argumentou. "A abertura do ecossistema da internet significa que, se os usuários não acharem nossos resultados úteis, poderão usar outros buscadores."
Em resposta ao argumento de que a posição dominante do Google restringe a inovação, o diretor da empresa apontou para a dinâmica do mercado de internet. "O sucesso do Google não impediu a criação de empresas como Facebook, Twitter, LinkedIn e tantas outras, nem tampouco as impediu de encontrar suas audiências, alcançar notoriedade e reconhecimento e, obviamente, o sucesso", disse Leonardi. "Ao mesmo tempo, o grande porte de muitas companhias de internet não as impediu de perder audiência e tropeçar - como ocorreu com o MySpace."
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade