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O acordo da General Motors para pagar US$ 35 milhões de multa federal por esconder defeitos de ignição em carros pequenos e dar ao governo maior supervisão de seus procedimentos de segurança encerra um capítulo da saga dos recalls de montadora.
Além de concordar em pagar a multa - a maior já aplicada pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA, na sigla em inglês) -, a GM admitiu que quebrou a lei por não informar rapidamente ao governo sobre os problemas. A montadora concordou em reportar problemas de segurança mais rapidamente - a GM iniciou o recall de 2,6 milhões de veículos em fevereiro, mais de uma década depois que engenheiros encontraram pela primeira vez uma falha na ignição.
As ignições de modelos antigos de carros pequenos, como o Chevrolet Cobalt e Saturn Ion, podem escorregar para fora da posição de partida e desligar os motores dos carros. Isso desativa a direção assistida e os freios e pode levar os motoristas a perderem o controle. Também desativa os air bags.
A companhia informou que pelo menos 13 pessoas morreram em acidentes ligados a esse problema, mas advogados que estão processando a companhia dizem que o número de mortos é de pelo menos 53.
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A GM enfrenta problemas de curto prazo e de longo prazo relacionados ao recall. Até o início de junho, o ex-procurador dos EUA Anton Valukas vai terminar uma investigação interna para a GM sobre porque a empresa demorou a determinar o recall dos veículos. A GM prometeu um relatório "nu e cru" e disse que vai tornar público pelo menos parte dos resultados. Após a finalização do relatório, duas subcomissões parlamentares devem chamar a diretora-presidente da GM Mary Barra a Washington para novas audiências. Em audiências realizadas em abril, ela disse que não poderia responder as perguntas porque a investigação interna não tinha terminado.
O Departamento de Justiça dos EUA, por sua vez, está investigando a conduta da GM e pode fazer acusações criminais. A mesma equipe que fez a Toyota concordar com uma multa de US$ 1,2 bilhão por esconder problemas de aceleração involuntária da NHTSA está trabalhando no caso da GM. Na ocasião, a Toyota concordou em uma longa declaração de fatos, que incluiu várias alegações de acobertamento. Essa investigação durou quatro anos.
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