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Um general do Burundi, Godefroid Niyombare, decretou um golpe de Estado contra o presidente do país, Pierre Nkurunziza, enquanto este estava viajando para uma reunião regional nesta quarta-feira. O anúncio foi comemorado nas ruas do país, mas também gera temores sobre o que isso pode significar em uma região instável.
Nkurunziza divulgou comunicado, dizendo que a tentativa de golpe era uma fantasia de uma pequena facção dos militares. Segundo ele, os responsáveis serão julgados no caso.
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O general disse que tomou o poder em anúncio feito em uma emissora privada de rádio. Disparos, porém, podiam ser ouvidos no entorno da capital e não estava claro qual era o controle de Niyombare sobre o país, ou mesmo se ele tinha o apoio do restante das Forças Armadas. O general determinou o fechamento de todas as fronteiras, incluindo o aeroporto, o que pode impedir a volta do presidente.
Nkurunziza estava em Dar es Salaam, na Tanzânia, para se reunir na quarta-feira com outros chefes de Estado no leste africano. O encontro tinha como foco justamente a crise no Burundi, com vários líderes regionais argumentando que o presidente deveria se afastar do posto.
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Segundo a agência Associated Press, milhares de pessoas foram às ruas da capital do país, Bujumbura, celebrar o golpe, enquanto a polícia estava ausente das ruas.
Bujumbura tem sido palco de protestos nas últimas semanas, após Nkurunziza dizer que concorreria a um terceiro mandato, contrariando o que prevê a Constituição. Mais de dez pessoas morreram e mais de 50 mil fugiram do país, em meio aos protestos.
Um pequeno país, o Burundi localiza-se entre Ruanda, Tanzânia e a República Democrática do Congo. No passado, a violência iniciada no país já passou para outras das nações vizinhas, enquanto o contrário também já ocorreu.
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Analistas dizem que, se o golpe de Estado gerar mais violência, a disputa política poderia rapidamente ganhar dimensões étnicas.