Agentes estão submetidos a péssimas condições de trabalho / Divulgação
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Ano novo, velhos problemas. Em abril do ano passado, a Prefeitura de Santos informou ao Diário do Litoral que estaria providenciando a locação de nova sede para a Coordenadoria da Orla da Guarda Municipal de Santos (GCM). No entanto, fotos encaminhadas por alguns guardas nos últimos dias, mostrou que os agentes continuam em situação precária no equipamento localizado na Praça Engenheiro José Rebouças, na Ponta da Praia.
Para se ter uma ideia, conforme revelam guardas que conversaram com a Reportagem, a Administração da Coordenadoria teve que ser transferida para novo prédio da Secretaria de Segurança, no Centro da Cidade, por conta da precariedade das acomodações. "Houve inundação e os guardas foram obrigados a ir para o Centro. No refeitório também há muitas goteiras", disse um dos guardas.
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Em abril do ano passado, um documento (número 10475/2024) encaminhado inicialmente à Ouvidoria Pública de Santos e vazado à Reportagem mostrava vários problemas na Coordenadoria Orla. A equipe do Diário esteve no local mas não houve permissão para entrar no equipamento. Como agora, as imagens da situação foram enviadas por guardas.
Conforme relatos, os agentes continuam submetidos a péssimas condições de trabalho. Os banheiros continuam precários, o que configurava ambiente de trabalho insalubre e indigno. Como antes, os guardas explicam que "falta de instalações sanitárias básicas viola os direitos dos trabalhadores e colocava em risco a saúde pública".
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Atualmente, os guardas revelaram que a situação nada mudou. Pisos das acomodações continuam quebrados; móveis velhos e aparentemente sujos; boxes continuam improvisados e sem nenhuma privacidade; portas sem maçanetas e com aberturas e fechamentos dificultados; divisórias apodrecidas pela umidade; papéis higiênicos pendurados por fios e outros problemas estruturais.
Além da falta de estrutura na Coordenadoria, os guardas alertam para outra questão: o abandono total do então Posto 048, que fica no canteiro central da avenida da praia do Boqueirão, praticamente ao lado da Avenida Conselheiro Nébias, na área em que fica o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
"Ele foi desativado por estar insalubre. Esse posto era ponto de apoio para os guardas e também para munícipes que transitavam pela orla. Um ponto totalmente estratégico por estar centralizado no meio da orla. O Samu foi totalmente reestruturado após o incêndio e o posto continuou da mesma forma", revela um guarda.
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Diante do problema, a Secretaria de Segurança de Santos (Seseg) informa que, com o objetivo de melhorar a estrutura para a Coordenadoria da Orla, intensificou os esforços para encontrar um novo espaço adequado. Após identificar um imóvel e iniciar as negociações (Processo Administrativo nº 041166/2024-81), constatou-se que o valor proposto pelo proprietário estava acima do valor de mercado, inviabilizando o acordo.
Diante disso, a busca foi ampliada por novas opções. "Após análise criteriosa, localizamos um imóvel que atende às necessidades da Coordenadoria. Para agilizar o processo, já foi instaurado o Processo Administrativo nº 518/2025-57, visando formalizar a locação o mais rápido possível", informa, explicando que, sobre o Posto 048, sua desativação foi necessária devido às condições inadequadas do imóvel.
A revela ainda que, desde o início da atual gestão, tem trabalhado para oferecer melhores condições de trabalho aos servidores da GCM, com atenção especial àqueles que atuam em áreas estratégicas, como a orla da Cidade.
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"Entendemos a insatisfação dos guardas com a situação atual e reafirmamos nosso compromisso em solucionar essa questão com a maior celeridade possível. A Secretaria está empenhada em garantir um espaço adequado para o desempenho das funções da GCM, contribuindo para a segurança e o bem-estar da população", finaliza.