Guarita semi-destruída reflete a situação dos acessos / Divulgação
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Pelo menos 13 dos 29 gates (portões) de acesso ao Porto de Santos - o maior da América Latina - estão sucateados com dificuldades operacionais. Os gates servem para registrar o acesso das pessoas e veículos que entram e saem dos terminais que, segundo apurado pela Reportagem, hoje somam mais de 22 mil pessoas cadastradas, entre caminhoneiros, prestadores de serviços e funcionários.
As informações acima são de caminhoneiros que realizaram uma espécie varredura nos equipamentos e encaminharam ao Diário lista de problemas e fotos da situação dos portões. A Reportagem confirmou a informação com funcionários da Santos Port Authority (SPA) - Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) que, por razões óbvias, preferiram o anonimato.
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Segundo o apurado, os equipamentos deveriam registrar e filmar, mas as suas câmeras funcionam de forma precária. O sistema de automação também deveria estar em condições. As cabines dos gates poderiam dar condições a vigias que, necessariamente, deveriam checar ou vistoriar de acordo com as regras de segurança, apesar da entrada e saída ser controlada por biometria óssea do usuário ou a face do motorista.
Conforme os relatos, as cancelas do Gate Quatro não funcionam. Ficam abertas para a movimentação de caminhões. Os gates cinco e seis estão abandonados e o sete está com problemas nos totens. O Gate 10 aponta problemas na identificação do motorista. "A todo momento o guarda tem que liberar entrada e saída, mas isso também ocorre na maioria", informa um caminhoneiro.
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O Gate 14 está com sua cancela de saída interditada, um torniquete inoperante, precisando sempre de auxílio para acesso ao cais, pois a biometria está sempre elevada. "Telhas do posto estão caindo, motivo da interdição da cancela de saída", completa, alertando que 15, bem como o 16 e o 18 foram abandonados, esses dois últimos pela Libra Terminais.
O Gate 17 também está com problemas nos totens e o 21 está sem telhado para cobrir as cancelas há muito tempo, com torniquete interditado. Os gates 20 e 22 foram repassados para Administração.
SPA
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A SPA refuta a informação de que há 13 gates "sucateados" e argumenta que eles foram suprimidos por demandas operacionais, a partir de atualizações estruturais que ocorreram no Porto ao longo dos últimos anos. Dos 29 gates, atualmente estão em operação 16, sendo 13 na margem direita (Santos) e três na margem esquerda (Guarujá).
Quanto à estrutura dos gates, diz a SPA, todos à disposição da Guarda Portuária estão adequados à prestação de serviços de controle de acesso, os quais contam com computadores, câmeras, condicionadores de ar, telefone e rádio HT, além da cancela. Quando há problemas pontuais, ainda conforme afirma, são realizadas manutenções estruturais e específicas sob demanda.
Para a modernização das câmeras de videomonitoramento, está em curso um processo de compra visando a atualização dos equipamentos, o que proporcionará maior qualidade na obtenção de imagens referentes às ações de Segurança Pública Portuária. O Estudo de Avaliação de Risco (EAR) vai atualizar o Plano de Segurança de Segurança Pública Portuária.
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Quanto ao controle de acesso, devido ao término de contrato com a empresa terceirizada que prestava serviços de manutenção do sistema de controle de acesso, ainda segundo a autoridade portuária, houve solução de continuidade da execução de tais serviços, o que gerou demanda reprimida de reparos e adequações no sistema.
No entanto, desde março último, esta demanda já foi resolvida, afirma a SPA, com a finalização da licitação referente à contratação de nova empresa prestadora de serviços, a qual já se encontra em atividade.
"Mesmo assim, o controle de acesso às áreas públicas do Porto não foi afetado, sendo efetuado de forma rotineira pela Guarda Portuária, gerenciando a entrada e saída de cerca de 15 mil usuários diariamente, entre veículos e pessoas", garante a autoridade portuária.
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