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Depois de pagar os R$ 6 bilhões referentes à sua parcela do bônus de assinatura, ainda neste ano, a Petrobras somente deve começar a elevar gastos com a área de Libra depois de 2016. É a partir deste ano que devem chegar à indústria as grandes encomendas do setor, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav).
A fase de exploração (pesquisa e prospecção), que se iniciará logo depois de assinado o contrato, é de quatro anos, segundo o edital do leilão. Nessa fase, serão necessários investimentos mínimos de R$ 610 milhões, fixados pela ANP para o consórcio, no qual a Petrobras detém participação de 40% (R$ 244 milhões). Será a fase menos custosa. É possível que a estratégia do consórcio seja de superar essa cifra.
"Nesse período, o consórcio deverá realizar as atividades do programa exploratório mínimo, que prevê levantamentos sísmicos 3D em toda a área do bloco, a perfuração de dois poços exploratórios e a realização de um teste de longa duração", disse a Petrobras em comunicado.
A exploração também poderia ser intensiva em gastos com engenharia. No entanto, Augusto Mendonça, presidente da Abenav, diz que a própria equipe da Petrobras deve executar a função, não se descartando que as demais empresas ainda remunerem a estatal por isso. É na fase de desenvolvimento - que em tese começaria em 2018 e durante a qual é montado o plano que prepara a área para a produção - que os gastos se elevam.
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A Agência Nacional do Petróleo (ANP) calcula que nessa fase serão necessários R$ 100 bilhões de investimentos do consórcio, ou R$ 40 bilhões da Petrobras. Os investimentos totais para os 35 anos da concessão são estimados em R$ 400 bilhões pela ANP. Essas cifras não representam uma exigência da agência ao consórcio e a Petrobras, operadora, ainda não tem estimativa oficial divulgada.
Sem cronograma
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Mendonça acredita que o consórcio deve querer acelerar o processo de produção, esperado para o fim da década e ainda sem cronograma oficial. A Petrobras contará com uma facilidade maior na contratação de plataformas e sistemas de produção que começarem a operar até 2021, já que estes contarão com exigências de conteúdo com produção nacional menores.
A Petrobras reafirmou, na terça-feira, 22, que os índices de conteúdo local serão de 37% para a fase exploratória; 55% para o desenvolvimento de sistemas de produção previstos para começar a operar até 2021 e 59% para os sistemas com primeiro óleo a partir de 2022.
Mesmo que o cronograma de exploração seja acelerado, ainda seriam necessários pelo menos três anos para que a indústria comece a receber as encomendas, disse Mendonça. Depois disso, há o tempo de construção, não menor do que 45 meses para cada plataforma.
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A ANP calcula serem necessários de 12 a 18 plataformas e de 60 a 90 barcos de apoio para todo o período de exploração e produção. A Abenav trabalha com 13 plataformas e 50 barcos de apoio. Embora considere um desafio atender a toda a demanda de forma competitiva, Mendonça diz que a indústria já está tendo a capacidade ampliada.
"Há dez estaleiros no País em construção ou ampliação. A capacidade vai quase dobrar em quatro anos, o cenário mudará completamente", disse. "Viramos uma página na história ontem, estamos rumando ao primeiro mundo. Libra é uma fonte de riqueza que vai mudar o País, a Economia, o povo", disse Mendonça.
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