Cotidiano

Garis do ABC e de Piracicaba tentam acordo no TRT paulista nesta terça-feira

Funcionários entraram em greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo oferece 7,68%

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/03/2015 às 14:32

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Representantes de coletores e motoristas do ABC, além dos coletores de Piracicaba, participam na tarde de hoje (24) de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na capital paulista, para tentar um acordo com relação à greve que afeta a região – exceto Rio Grande da Serra e São Bernardo do Campo –, além de Itanhaém, Paulínia, Cotia e Itapevi. Os municípios de Andradina e Osasco estão cumprindo liminar que exige manutenção de 70% do serviço. Resíduos dos serviços de saúde devem ter a coleta e destinação final funcionando plenamente.

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Os garis entraram em greve ontem (23), por tempo indeterminado. A categoria reivindica aumento salarial de 11,73%, mas o Sindicato das Empresas Urbanas de São Paulo (Selur) oferece 7,68%. O salário médio desses empregados está em torno de R$ 900. Na sexta-feira (20), em reunião de conciliação no TRT, o desembargador Wilson Fernandes sugeriu um aumento de 9,5%, mas o encontro terminou sem acordo.

A Federação de Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo (Femaco), que agrega os sindicatos dessas categorias, informou que a maioria das cidades paulistas, exceto São Paulo e Campinas, que têm data-base diferente, aderiram ontem à paralisação. O Vale do Paraíba e a Baixada Santista também não aderiram porque têm data-base em maio. A entidade estima que 30 mil trabalhadores estejam em greve.

Os trabalhadores reclamam que o reajuste de 7,68% não é suficiente para corrigir a inflação. O presidente do Selur, Ariovaldo Caodaglio, disse não ser possível aplicar o aumento reivindicado. “O salário mínimo do estado é dado para categorias que não têm representação sindical, isso significa que o aumento é 11,73%, mas não tem cesta básica, ticket refeição, vale-transporte. Não tem absolutamente nada que os demais trabalhadores sindicalizados recebem”, explicou.

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Garis do ABC e de Piracicaba tentam acordo no TRT (Foto: Divulgação)

Até o momento, o dissídio não foi definido. Hoje haverá uma reunião entre o sindicato dos trabalhadores de limpeza pública e o sindicato patronal das empresas de limpeza pública para tentar definir o reajuste salarial. Os funcionários não pertencem ao quadro da Prefeitura de Itanhaém.

Em Itanhaém, de acordo com a prefeitura, o serviço de coleta de lixo está atrasado há dois dias em alguns bairros. Em alguns, o serviço de coleta está atrasado em até quatro dias. Por isso, a coleta passou a ser feita por equipe própria da prefeitura nos centros comerciais, nas principais vias públicas de acesso aos bairros e na orla das praias. A limpeza e desinfecção das feiras livres também serão executadas pela prefeitura.

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Já o Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) informou, em nota, que  por causa do segundo dia da paralisação dos funcionários da limpeza pública da região do ABCD – Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema – os serviços estão prejudicados. O Semasa promoveu uma coleta emergencial na área central da cidade até às 2h da madrugada. Hoje,  a empresa manterá a coleta emergencial também em outros centros comerciais de Santo André.

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