Uma das crianças que estavam na escola Sandy Hook, em Newtown, na sexta-feira (14) quando Adam Lanza entrou no local, matou 20 alunos, seis adultos - incluindo a própria mãe - e depois se matou, éa a brasileira Gabriela, de 9 anos. "A gente escutou um monte de porta fechando e trancando, um monte de professora gritando", contou a menina ao Fantástico.
Gabriela disse que estava na sala de música, com outros 19 alunos, quando começou o tiroteio. A professora, então levou os alunos para um quarto onde ficariam os instrumentos. "Ela falou para a gente sentar e rezar. Então todo mundo sentou e a gente começou a rezar. E ela ficava lá no quarto dando bala para a gente tentar se acalmar."
A professora, segundo o relato da menina, conseguiu pegar o telefone e avisar a polícia. "Eu estava chorando com outras meninas. Eu estava pensando que eu nunca ia chegar em casa viva", lembra Gabriela.
Depois de uma hora, a polícia chegou à sala onde a menina estava e todas as crianças foram levadas para uma base do corpo de bombeiros perto da escola. A mãe de Gabriela, Alessandra Porto, contou ao Fantástico que ouviu uma mensagem no celular da filha pedindo sua presença na escola.
"Aí ela (Gabriela) já olhou para mim chorando. Eu a abracei e tentei confortá-la. E todo mundo muito nervoso. Os professores chorando, as pessoas chorando e aquele tumulto todo", diz Alessandra.
O pai da menina, Arnaldo, chegou e a família foi embora para casa, sem saber das vítimas de Lanza. "Na hora que eu soube que muitas crianças tinham morrido aí bateu aquela sensação de que a gente ganhou nossa filha de volta. Poderia ter sido eu um desses pais hoje que estão lamentando a perda do filho", disse Arnaldo Porto ao programa da Rede Globo.
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