Cotidiano

Frutas natalinas chegam ao mercado, mas produtores e comerciantes ampliam lucros

Em relação às mangas, o comportamento dos preços tem sido controverso. Enquanto a haden registra preços "favoráveis" ao consumidor, segundo os economistas da Ceagesp, outras variedades como a palmer e a tommy registram movimento inverso

Nilson Regalado

Publicado em 14/12/2023 às 09:00

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A baixa oferta de uvas sem semente tem impactado fortemente os preços no mercado doméstico / Pexels - Lum3n

As frutas natalinas já começam a chegar às principais centrais atacadistas do País. Esse é o caso da Ceagesp, que tem registrado desembarques consistentes de ameixa rubi-mel, nectarina, melões e mangas. Porém, a sensação em determinados setores de que o Brasil vive um momento de retomada do emprego tem pressionado os preços desses produtos. Com o suposto aumento da renda das famílias, intensificado pelo pagamento do décimo terceiro salário, produtores, atacadistas e comerciantes sentem que há espaço para aumentar suas margens de lucro.

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Em relação às mangas, o comportamento dos preços tem sido controverso. Enquanto a haden registra preços “favoráveis” ao consumidor, segundo os economistas da Ceagesp, outras variedades como a palmer e a tommy registram movimento inverso.

Segundo o hfbrasil.org, que monitora o comportamento de hortifrútis em todo o País, em apenas uma semana, a palmer registrou alta de 26% e a tommy de 9% na porteira da fazenda, no Vale do Rio São Francisco, polo que é um dos maiores fornecedores da fruta no mundo.

E esses valores se justificam pela baixa oferta na região, entre Bahia e Pernambuco. Os produtores do Vale normalmente não focam sua produção neste período devido à concorrência com o auge da safra na região de Monte Alto/Taquaritinga, na região de Araraquara e São Carlos, no centro do Estado de São Paulo. Porém, este ano está atípico devido à alta procura do mercado internacional pelas mangas brasileiras, e os valores da fruta estão surpreendendo.

A baixa oferta de uvas sem semente tem impactado fortemente os preços no mercado doméstico. Esse é o caso especialmente das uvas negras, como a Vitória. Segundo colaboradores do hfbrasil.org, a tendência é de continuidade dos altos valores até janeiro. Até lá, a expectativa é pelo aumento na oferta de uva niágara, a mais popular e abundante no Circuito das Frutas do interior paulista, especialmente em Jundiaí.

O calor excessivo nas últimas semanas na Bahia, importante fornecedora para todo o País tem provocado altas superiores a 40% nos preços da fruta nas últimas semanas. Na Ceagesp, a valorização foi mais amena, de 22%, fechando em R$ 3,27/kg. Para as próximas semanas, a oferta deve seguir restrita a nível nacional, mantendo os preços firmes.

Há semanas, os economistas da Ceagesp também têm observado preços “favoráveis” ao consumidor nos mamões formosa e papaia. O limão taiti é exceção entre as frutas cítricas devido ao auge da safra no município de Itajobi, Região Administrativa de São José do Rio Preto.

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