Mesmo com metade da frota nos finais de semana o subsídio mensal é de R$ 2,25 milhões/mês / Nair Bueno/DL
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Pobre do trabalhador ou trabalhadora que precisar do transporte público nos finais de semana e feriados em Santos, quer para trabalhar, para uma emergência qualquer ou até mesmo para o lazer.
Isso porque, ao que tudo indica e se depender do que está pactuado entre a Prefeitura de Santos e a Viação Piracicabana (permissionária), o transporte público só pode ser eficiente de segunda à sexta-feira.
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A informação acima, comprovada facilmente nos pontos de ônibus fora dos dias úteis, é baseada em números oficiais.
“Um total de 200 coletivos opera em dia útil. Exatos 107 coletivos operam aos sábados e 87 ônibus aos domingos”, informou a Administração santista.
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Segundo argumenta, a redução da frota é proporcional à quantidade de passageiros, que nos finais de semana é menor, mas de forma que a oferta atenda a demanda.
E não há previsão de aumento do número de ônibus, apenas readequação da frequência e alteração de horários, caso haja necessidade, a fim de melhorar o serviço ao usuário.
Mesmo com praticamente a metade da frota operando nos finais de semana e feriados – como se nesses dias ninguém trabalhasse – o subsídio mensal repassada à empresa é de R$ 2,25 milhões por mês (27 milhões por ano). Ou seja, o usuário paga indiretamente o aporte à empresa mesmo aos sábados e domingos.
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A Prefeitura de Santos explica que, em abril de 2024, a Prefeitura congelou a tarifa, ampliando os recursos destinados ao subsídio mensal de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
Assim, o reajuste não foi repassado ao usuário, que continuou pagando pela passagem os atuais R$ 5,25, valor que vigora até o momento.
“Caso não houvesse aporte da Prefeitura nos últimos anos, o valor total a ser pago pelo passageiro seria de R$ 6,75, ou seja, R$1,50 a mais por viagem”, informa a Administração.
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A Prefeitura revela ainda que os cálculos que determinarão novo valor de subsídio ainda não estão concluídos. Ou seja, deve vir mais aporte à Piracicabana, sem qualquer contrapartida, “pois o contrato foi renovado em 20 de maio de 2023 e é válido até 19 de maio de 2031”, sem qualquer nova exigência.
Desde esta segunda-feira (6), a tarifa do ônibus em São Paulo custa R$ 5,00. O novo valor representa uma alta de 13,6% em relação a última (R$ 4,40). Apesar desse reajuste, o ônibus de Santos ainda é R$ 0,25 mais caro: R$ 5,25.
O cálculo da tarifa do transporte municipal não se baseia na inflação, mas nos índices do Gepot, na área de transportes. O valor da tarifa é determinado pela soma de todos os custos divididos pelo total de passageiros pagantes transportados.
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Entre os fatores que influenciam a tarifa estão: custo de combustíveis, lubrificantes, peças e acessórios; folha de pagamento e número de passageiros transportados.
A gratuidade da tarifa é mantida para idosos acima de 65 anos, pessoas com deficiência e para passageiros menores de cinco anos.