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O roubo de cargas nos nove municípios da Baixada Santista subiu 39,4% no primeiro quadrimestre de 2015 em relação ao mesmo período de 2013. Foram registradas 46 ocorrências nos quatro primeiros meses de 2015, contra 33 em igual período há dois anos. Diante desse cenário, que se repete na grande maioria dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, será lançada no próximo dia 25, às 10 horas, em Brasília, a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Roubo de Cargas, que será coordenada pelo deputado federal Marcelo Squassoni (PRB).
Squassoni reativou a Frente Parlamentar no Congresso Nacional — que reunirá deputados e senadores para o debate do tema — com a assinatura de 207 parlamentares das duas casas legislativas.
Região que abriga o maior porto da América Latina (Santos e Guarujá) e um dos maiores polos industriais de São Paulo, a Baixada Santista registrou aumento nos casos de roubo de carga superior à média estadual. Foram 26,5% de ocorrências a mais em São Paulo nos últimos dois anos, passando de 2.478 registros em 2013 para 3.133 em 2015. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP).
Se comparados os dados relativos ao ano passado na Baixada Santista, o cenário também é de aumento de ocorrências, porém, numa escala menor: foram 37 em 2014 contra 46 em 2015, o equivalente a 24,4% a mais.
Os municípios que vêm registrando alta e colaborando ainda mais para essas estatísticas são Praia Grande (1 caso no primeiro trimestre de 2013, 3 em 2014 e 11 em 2015); Guarujá (2 casos no primeiro trimestre de 2013, 7 em 2014 e 8 em 2015); Peruíbe (1 caso no primeiro trimestre de 2013, 1 em 2014 e 3 em 2015) e Itanhaém (2 casos no primeiro trimestre de 2013, 1 em 2014 e novamente 3 em 2015).
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Frente
“Vamos dividir o trabalho do colegiado por temas para otimizar e acelerar a tramitação dos projetos de interesse da categoria, tanto na Câmara quanto no Senado”, adiantou Squassoni. Um dos pontos-chave do trabalho da Frente, segundo o deputado, será buscar a formatação de um banco de dados único capaz de reunir estatísticas dos municípios de todos os 26 estados e do Distrito Federal.
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De acordo com Squassoni, o roubo de cargas é uma epidemia que só traz prejuízos para a economia e ao consumidor final. “O aumento das ocorrências faz encarecer os investimentos em segurança pelos caminhoneiros autônomos e transportadoras e esse gasto, obviamente, influi no preço final das mercadorias”, salientou.
O assunto foi tema de reunião, no último dia 9, realizada pelo bloco formado por parlamentes do PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL e PTdoB na Câmara dos Deputados, comandada pelo líder, Celso Russomanno (PRB). Participaram, ainda, membros da Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (FENACAT), que reclamam dos altos preços cobrados para a contratação de seguros dos caminhões.
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