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s serviços franceses de espionagem afirmaram nesta segunda-feira que seus analistas concluíram que o governo sírio "fez uso em massa de agentes químicos" no ataque da madrugada de 21 de agosto contra um subúrbio de Damasco, provocando a morte de centenas de pessoas. Ainda segundo a avaliação dos serviços secretos da França, o governo da Síria poderia realizar ataques similares no futuro.
Em uma sinopse de nove páginas divulgada hoje, a espionagem francesa diz que pelo menos 281 mortes podem ser atribuídas ao ataque de 21 de agosto. A contagem baseia-se em dezenas de filmagens feitas depois do ataque em Ghouta. Na semana passada, o governo dos Estados Unidos afirmou que mais de 1.400 pessoas morreram no massacre.
Quase simultaneamente ao relatório, o jornal francês Le Figaro divulgou em sua página na internet trechos de uma entrevista exclusiva com o presidente da Síria, Bashar Assad. Ele desafiou os EUA e a França a apresentarem provas que sustentem a acusação de que o governo sírio usou armas químicas contra população civil, usada por ambos para justificar a necessidade de intervenção militar. Na avaliação do presidente sírio, os líderes dos dois países "foram incapazes de fazê-lo, inclusive perante seus próprios povos".
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Mais cedo, o primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, recebeu deputados, os ministros da Defesa e das Relações Exteriores e oficiais dos serviços de espionagem e de segurança para discutir a situação na Síria.