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A França rejeitou hoje (3) um pedido de asilo apresentado pelo fundador do portal WikiLeaks, o australiano Julian Assange, refugiado há três anos na Embaixada do Equador em Londres, anunciou a Presidência francesa.
“Tendo em vista elementos jurídicos e a situação de Assange, a França não pode deferir seu pedido”, indicou o Eliseu num comunicado.
“A situação de Assange não representa perigo imediato”, destacou a Presidência, ao acrescentar que o fundador do WikiLeaks “é alvo de um mandado de detenção europeu.”
Julian Assange exprimiu o desejo de obter asilo na França numa carta dirigida na quinta-feira (2) ao presidente François Hollande e publicada hoje no diário francês Le Monde.
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Na carta, Assange se identifica como “um jornalista perseguido e ameaçado de morte pelas autoridades” norte-americanas “devido a atividades profissionais”.
“Nunca fui formalmente acusado por um delito ou por um crime em qualquer lugar do mundo, incluindo na Suécia e no Reino Unido,” disse.
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O fundador do WikiLeaks, que faz hoje 44 anos, vive em reclusão na Embaixada do Equador em Londres há três anos para escapar de um pedido de extradição para a Suécia, onde duas mulheres o acusam de agressão sexual e de violação, o que sempre desmentiu.
Assange teme que a extradição para a Suécia conduza a uma transferência para os Estados Unidos para ser julgado sobre a divulgação pelo WikiLeaks de documentos militares e diplomáticos norte-americanos classificados.
O seu pedido de asilo em França ocorre pouco depois da publicação por dois meios de comunicação franceses de documentos Wikileaks revelando que os Estados Unidos espiaram nos três últimos os presidentes franceses Jacques Chirac (1995-2007), Nicolas Sarkozy (2007-2012) e François Hollande (2012).
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