Cotidiano
Sobre um possível aumento da inflação no futuro, o ex-presidente do Banco Central afirmou que como o BC brasileiro reagiu os indicadores não deveriam subir
Continua depois da publicidade
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que também é sócio da gestora Gávea Investimentos, destacou, ao comentar sobre os fatores que impactam a inflação do País, que o Brasil vive um problema "seríssimo no setor de energia com riscos de ter apagões". Apesar disso, segundo ele, a inflação está controlada com o preço da energia subsidiado.
Fraga comentou ainda sobre a situação da Petrobras. Conforme ele, o governo deu à Petrobras o papel de ser a locomotiva do setor, mas ao mesmo tempo apertou o seu caixa imensamente ao controlar o preço dos combustíveis. "Na prática, isso reduz o investimento do País, pois asfixia a empresa e estimula o consumo de combustíveis fósseis que trazem maiores problemas ambientais", explicou ele, em conversa com jornalistas, acrescentando que é necessária uma maior produção e um menor consumo.
Continua depois da publicidade
Na opinião do ex-BC, o quadro atual do Brasil é "bastante complicado" e alguns especialistas veem o quadro como ruim, mas não catastrófico. Quando avaliado apenas a foto do Brasil, segundo ele, realmente o cenário não é catastrófico, entretanto, preocupa as tendências o "filme" do País. "Preocupa a deterioração que podemos ter lá na frente, as consequências do filme de deterioração que o Brasil vive".
Sobre um possível aumento da inflação no futuro, Fraga afirmou que como o BC brasileiro reagiu os indicadores não deveriam subir. "O fato é que os riscos são muito elevados e o cobertor está curto em muitas áreas", concluiu ele, durante discurso, no seminário sobre os 2º anos após o Plano Real.
Continua depois da publicidade